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Interior

No dia em que chega a 200 mortes, Dourados vacina enfermeiro e cacique

Valdeci Santana tem 50 anos, trabalha na UTI covid e vibrou ao ser vacinado

Aline dos Santos e Helio de Freitas, de Dourados | 19/01/2021 12:36
Valdeci (centro) é enfermeiro e foi o primeiro a receber a vacina contra a covid em Dourados. (Foto: Helio de Freitas)
Valdeci (centro) é enfermeiro e foi o primeiro a receber a vacina contra a covid em Dourados. (Foto: Helio de Freitas)

A vacinação contra a covid-19 começou num “dia duro” em Dourados, quando a cidade atingiu a marca de 200 mortes pela doença. O primeiro a ser imunizado com a CoronaVac foi o enfermeiro  Valdeci Santana, 50 anos, que atua na linha de frente da pandemia e vibrou ao ser vacinado.

O segundo a receber o imunizante foi o cacique indígena Catalino Aquino, 74 anos, que mora na aldeia Jaguapiru. A campanha de vacinação foi lançada na manhã desta terça-feira (dia 19) na unidade sentinela da Vila Índio, local de trabalho de Valdeci. O enfermeiro também é intensivista na UTI covid do HU (Hospital Universitário).

Pai de duas meninas, Valdeci Santana afirma que a vacina traz esperança. “Principalmente de poder exercer o trabalho na saúde com mais tranquilidade, ajudando a salvar vidas sem o medo de ficar doente grave pelo vírus. Sou um defensor da ciência e as pessoas precisam acreditar na vacina”, afirma.

Catalino lamentou que muitos idosos morreram nas aldeias e que a vacina trouxe tranquilidade. “Somos esquecidos, mas graças a Deus ninguém da minha família morreu por essa doença”.

Catalino (centro) lamentou que muitos idosos morreram nas aldeias. (Foto: Helio de Freitas)
Catalino (centro) lamentou que muitos idosos morreram nas aldeias. (Foto: Helio de Freitas)

De acordo com o secretário de Saúde, Frederico de Oliveira Weissinger, na primeira etapa serão vacinados trabalhadores da linha de frente, idosos em asilos e abrigos e pessoas com deficiência (acima de 18 anos). Equipes volantes vão ao local de trabalho dos profissionais de Saúde.

Dourados recebeu 29 mil doses, que vão imunizar 14.500 pessoas, lembrando que cada um precisa de duas doses do imunizante. Do total, 22 mil doses da CoronaVac vão para a população indígena. As demais sete mil ficam para as demais categorias prioritárias nessa primeira fase.

O secretário reforçou a necessidade de manter as medidas de distanciamento e de higiene, principalmente uso de máscara, mesmo para quem tomar a vacina

“É um dia duro para cidade, que atingiu o número de 200 mortes hoje. Mas também um dia de esperança com a vacina”, afirma o prefeito Alan Guedes  (Progressista).



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