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Interior

Norte-americano registra agressões na polícia e cobra proteção dos EUA

August Shipman faz pesquisa sobre indígenas e afirma ter sido agredido com pedaço de pau em Douradina

Por Helio de Freitas, de Dourados | 30/07/2024 10:31


O estudante norte-americano August Mitchell Shipman, 31, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil denunciando ter sido agredido nesta segunda-feira (29) na área de conflito entre produtores rurais e indígenas, no município de Douradina.

Em trabalho do doutorado que faz na Universidade de Connecticut, August e a brasileira Bianka Adamatti, 35, também aluna da instituição norte-americana, estão em Douradina para elaborar pesquisa voltada à cultura guarani-kaiowá.

August Shipman contou que na tarde de ontem, durante o trabalho de pesquisa, ofereceu ajuda a duas mulheres indígenas que juntavam lenha perto das áreas ocupadas quando surgiram três homens em um Fiat Uno branco.

Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), em Dourados, o norte-americano contou ter dito aos homens que não falava português, momento em que um deles teria pegado uma vara no chão e desferido golpes em suas costas. O estudante afirma que os homens o chamaram de “invasor de terra” e “vagabundo”.

August Shipman contou que após as agressões, saiu correndo junto com as indígenas. Mesmo fugindo dos agressores, ele conseguiu gravar vídeo mostrando os três homens entrando no veículo e abandonado o local.

Após as agressões, o norte-americano gravou vídeo, traduzido por Bianka Adamatti, em que narra o episódio e afirma que vai cobrar proteção da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil (veja o depoimento acima).

O estudante afirmou que seu projeto de pesquisa, em parceria com a Universidade do Vale Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul, é bancado com verba estrangeira e é supervisionado pela Procuradoria da República.

Outro ladoAo Campo Grande News, representante dos produtores rurais de Douradina negou que as agressões tenham sido praticadas por moradores das áreas ocupadas.

“Policiais da Força Nacional disseram aos sitiantes e produtores do local que o americano havia comunicado que tinha sido agredido por ‘fazendeiros’. Aqui não tem fazendeiro, somos sitiantes e pequenos produtores. A Força Nacional foi até o local das supostas agressões e não encontrou os suspeitos ou qualquer prova”, disse porta-voz dos produtores.

“A Força Nacional fica cuidando o tempo todo. O vídeo que aparece na filmagem de um carro não prova nada. Ontem vieram vários carros, cheios de pessoas de outras localidades. Quem garante que não foi agressão entre eles mesmos?”, questionou representante dos sitiantes.

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