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Interior

Nove dias depois, homem que matou estudante de Medicina é preso na fronteira

Dono de empresa no Paraguai confessou crime após briga em bar de Ponta Porã; caso foi esclarecido pela 2ª DP

Helio de Freitas, de Dourados | 22/08/2022 16:53
Momento em que Wellington Ojeda era colocado na viatura após ser abordado na rua (Foto: Divulgação)
Momento em que Wellington Ojeda era colocado na viatura após ser abordado na rua (Foto: Divulgação)

Está preso o autor do assassinato do estudante de Medicina Luiz Fernando Andrade França, 38, ocorrido no dia 13 deste mês em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai. O crime foi esclarecido por policiais civis da 2ª Delegacia de Polícia da cidade.

Wellington Machado Ojeda, 24, o “Cobrinha”, foi preso nesta segunda-feira (22) quando circulava pela área central de Ponta Porã no mesmo carro usado no momento do crime, um Gol branco. Dono de empresa de refrigeração de veículos e máquinas agrícolas, sediada em Pedro Juan Caballero, ele confessou o assassinato.

De acordo com o delegado Rodrigo Inojosa, da 2ª DP Polícia de Ponta Porã, Wellington teve a prisão temporária decretada pela Justiça após as investigações o apontarem como autor do atentado contra o carro em que estavam Fernando França, o irmão dele, médico, e um amigo de ambos, formado recentemente em medicina. O irmão e o amigo da vítima não foram atingidos pelos tiros.

Briga em bar – Fernando, o irmão e dois amigos estavam em bar badalado de Ponta Porã, localizado na Avenida Brasil, na noite de sexta-feira (12). Wellington Ojeda também estava no local com casal de amigos.

O bate-boca teria começado por causa de bebida. Apesar de não se conhecerem, os grupos de “Cobrinha” e de Fernando dividiam a mesma mesa. Em determinado momento, um pegou a bebida do outro e começou a discussão com troca de ameaças.

Após a situação se acalmar, Wellington Ojeda deixou o bar em seu carro, mas voltou em seguida e entrou no estabelecimento. Os investigadores acreditam que ele tenha saído para pegar a arma, uma pistola calibre 9 milímetros, ainda não encontrada. Minutos depois, saiu de novo do bar ficou do lado de fora.

Assim que Fernando, o irmão e dois amigos deixaram o local em um Fiat Palio azul, Wellington foi atrás em seu Gol branco. Fernando deixou um dos amigos em hotel da cidade e seguiu para a região do aeroporto na companhia do irmão e do outro amigo.

Imagens de câmeras obtidas pela polícia mostram o Gol de Ojeda seguindo o outro carro. Quando alcançou o Palio, Wellington Ojeda disparou vários tiros. Oito disparos atingiram o veículo. A polícia ainda aguarda o laudo da perícia, mas pelo menos quatro tiros acertaram Fernando no pescoço, no ombro, no braço e na barriga.

Socorrido ao Hospital Regional de Ponta Porã, ele foi transferido no mesmo dia para a Santa Casa em Campo Grande. Segundo o hospital, Fernando deu entrada às 23h34 com choque hemorrágico e morreu menos de meia hora depois.

Com antecedentes por violência doméstica, Wellington Machado Ojeda disse que pegou a pistola emprestada e que a arma estaria em território paraguaio.

Segundo o delegado Rodrigo Inojosa, os policiais já fizeram buscas em dois endereços ligados a ele, mas a pistola não foi encontrada. “Cobrinha” foi indiciado por homicídio qualificado e por tentativa de homicídio contra o irmão e o amigo de Fernando.

O mandado de prisão temporária tem validade de cinco dias e pode ser prorrogado por mais cinco dias, mas no caso de Wellington Ojeda, como é crime hediondo, a validade é de 30 dias. Segundo o delegado, nesse período ele espera concluir as investigações e mandar o inquérito ao Poder Judiciário, que vai decidir se solta o acusado ou decreta sua prisão preventiva.

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