Operação contra caça apreendeu 12 armas e teve de usar helicóptero
Operação na noite de ontem, envolvendo Polícia Federal e Ibama em Corumbá apreendeu 12 armas de fogo e centenas munições, a maioria de uso restrito das forças armadas. Seis são espingardas.
Segundo a assessoria da Polícia Federal, também foram recolhidos objetos usados especificamente para caçar onça e peças produzidas com pele dos animais abatidos e até o couro de uma sucuri.
A ação teve apoio do helicóptero Pantera, do 3º Batalhão de Avião do Exército.
Na avaliação da PF, esse auxílio foi essencial por causa do isolamento da zona rural, por conta da cheia na região.
A apreensão ocorreu em fazenda localizada a cerca de 120 km do centro de Corumbá, no alto Pantanal.
A propriedade fica quase na divisa com o município de Aquidauana.
Safáfi pantaneiro - Ação é um desdobrando da Operação Jaguar I. Em julho do ano passado, a quadrilha presa no ano passado cobrava de turistas pelo menos 1,5 mil dólares para participar da caça. Esse preço, segundo divulgado, era cobrado por animal abatido.
Nesta ação, foram detidos seis turistas que se preparavam para um safári em uma propriedade particular, em Sinop (MT), entre os quais quatro argentinos, um paraguaio e um policial militar de Mato Grosso.
Da quadrilha, foram presas quatro pessoas. À época, o dentista Eliseu Augusto Sicoli foi apontado como líder da quadrilha. Também foi identificado como integrante do bando Marco Antônio Moraes de Melo, o Tonho da Onça, que era tido como um caso simbólico de conversão de caçador de onça em colaborador com as ações de proteção ao animal.
Depois de ser considerado o maior caçador de onças pardas e pintadas do Brasil, com 600 abates no currículo, ele passou a auxiliar, desde 1990, o Ibama e entidades ambientalistas e acabou sendo indiciado na operação do ano passado, mas não chegou a ser preso.