Operação da Polícia Federal prende secretários e servidores públicos
A “Operação Questor”, deflagrada hoje pela PF (Polícia Federal), atingiu o primeiro escalão da prefeitura de Ladário. Foram presos os secretários de Educação, Eliene Urquiza; e Finanças, Name Antônio Faria de Carvalho. Também foi preso um servidor da comissão de licitação e um contador.
A PF está na prefeitura de Ladário desde às 6h20. O imóvel foi fechado. Ladário é administrada pelo prefeito José Antônio Assad e Faria (PT).
De acordo com a polícia, o grupo, formado por servidores públicos e empresários, fraudava procedimentos licitatórios que envolviam verbas públicas federais destinadas à saúde, educação e infraestrutura. O prejuízo aos cofres públicos supera meio milhão de reais.
Conforme o MPF (Ministério Público Federal), as investigações iniciaram a partir de suspeitas de irregularidades na aplicação de recursos federais destinados à merenda dos estudantes da rede municipal de ensino de Ladário, na fronteira do Brasil com a Bolívia.
Em seguida, foi instaurado inquérito policial para investigação dos crimes de corrupção, fraudes em licitações, falsificação de documentos públicos e formação de quadrilha.
Generalizado - A Controladoria Geral da União também realizou fiscalização nas licitações e contratos da prefeitura de Ladário, entre 2008 e 2010, que envolviam recursos federais. Foram identificando irregularidades em todos os procedimentos analisados.
Sobrepreço, superfaturamento, direcionamentos e fraudes em licitações, conluio entre empresas e montagem de procedimentos licitatórios foram algumas das ilicitudes encontradas. A situação foi detectada em todas as áreas investigadas: educação, saúde, saneamento básico, infraestrutura e habitação.
Prisões - Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão temporária, sendo quatro em Ladário, dois em Corumbá e um em Campo Grande. Na Capital, a PF prendeu um empresário.
A operação também vai cumprir 26 mandados de busca e apreensão em Ladário, Corumbá, Dourados, Campo Grande, Barão de Cotegipe (RS) e Maringá (PR).
A investigação durou mais de um ano e foi realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União. (Matéria editada às 11h20 para correção de informação).