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Interior

"Vai para final da fila", avisa prefeito a quem tentar escolher marca da vacina

"Seja qual for a vacina, quando chegar a sua vez, vacine-se”, disse Germino Roz (PSDB)

Adriano Fernandes | 05/07/2021 22:28
Trabalhadora da saúde mostrando dose de vacina para morador, na Capital. (Foto: Paulo Francis) 
Trabalhadora da saúde mostrando dose de vacina para morador, na Capital. (Foto: Paulo Francis)

Quem tentar escolher o laboratório fabricante da vacina contra a covid-19, em Batayporã, será encaminhado para o fim da fila de imunização na cidade, que fica a 311 quilômetros de Campo Grande. O aviso foi feito pelo prefeito do município, Germino Roz (PSDB) através de seu perfil no Facebook.

"Aquele ou aquela que se recusar tomar a vacina disponível no momento, terá que assinar um documento e irá pra o final da fila. A vinda de vacinas para Batayporã nos anima e da motivação. Seja qual for a vacina, quando chegar a sua vez, vacine-se”, disse o prefeito em postagem do último dia 1º.

Postagem feita pelo prefeito de Batayporã. (Foto: Reprodução/Facebook)
Postagem feita pelo prefeito de Batayporã. (Foto: Reprodução/Facebook)

Nesta terça-feira (6), vacinam no município pessoas com 36 anos ou mais, a partir das 8h. Já no período da tarde, a partir das 13h30, também será aplicada a segunda dose do imunizante AstraZeneca para quem recebeu a primeira entre os dias 9 e 30 de abril e no dia 3 de maio. Batayporã já vacinou 5.357 pessoas com a 1ª dose contra a covid-19 e 1.846 já completaram a imunização com as duas doses.

Falta de bom senso - Os “sommeliers de vacinas” tem se espalhado pelo país, diante do mau entendimento sobre a eficácia de cada um dos imunizantes. Na Capital, uma mulher até se recusou a tomar a Coronavac por achar que a vacina é menos efetiva.

Cada vacina tem uma porcentagem de eficácia diferente das demais, mas por conta das condições em que ela foi testada, do tipo de tecnologia usada na produção e até do contexto em que viviam os grupos que receberam as doses na fase de experimentos em cada país.

O fato é que todas as vacinas aplicadas no Brasil são seguras, eficientes e apesar de efeitos adversos raros, reduzem as taxas de doença grave e morte nos vacinados. Isso quer dizer que os "prós" são bem maiores que os "contras". Todos os imunizantes ainda são eficazes contra as variantes do novo coronavírus.

Conforme orientações das autoridades de saúde, além de não fazer sentido também não é prudente tentar escolher qual vacina tomar, diante de um cenário de escassez de doses em meio a uma pandemia que já matou mais de 500 mil pessoas no país.

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