Paraguai caça brasileiro acusado de mandar matar policial em MS
Buscas estão sendo feitas nesta manhã em várias residências de Pedro Juan Caballero, onde Minotauro estaria escondido
A Polícia Nacional do Paraguai faz buscas nesta manhã em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande, à procura do traficante brasileiro Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, 32 anos, o “Minotauro”.
Natural de Bauru e com várias passagens pela polícia paulista, Minotauro é apontado pela imprensa paraguaia como o mandante do assassinato do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, 37, ocorrido no dia 6 deste mês em Ponta Porã.
Com apoio do promotor de Justiça Gabriel Segovia, os policiais paraguaios fizeram buscas simultâneas em residências que seriam do brasileiro nos bairros General Dias e Jardim Aurora. Segovia disse que Minotauro não foi encontrado, mas as buscas continuam. A ideia é prender o suspeito e entregá-lo às autoridades brasileiras.
Minotauro se aliou a um ex-funcionário do chefão Jorge Rafaat Toumani – morto em junho de 2016 – e tenta enfrentar o PCC (Primeiro Comando da Capital) para assumir o controle do tráfico de drogas e de armas na Linha Internacional.
Em território paraguaio, para onde fugiu em 2012, após a polícia paulista prender cúmplices dele que vendiam cocaína em Bauru, Sérgio Quintiliano Neto conseguiu tirar uma identidade falsa em nome de Celso Matos Espíndola.
O investigador da Polícia Civil sul-mato-grossense teria descoberto que Celso Espíndola era na verdade Sérgio Quintiliano Neto. Wescley foi morto com pelo menos 30 tiros de fuzil calibre 7.62 quando chegava à sua casa em Ponta Porã, acompanhado de uma estagiária da Polícia Civil. Os dois estavam em um carro oficial da polícia, mas descaracterizado. A servidora levou um tiro no braço e sobreviveu.
Minotauro também é acusado de mandar matar o vereador Cristóbal Machado Vera, de Capitán Bado, no dia 9 deste mês. Ele foi morto pelo pistoleiro Carlos Armoa Escobar, 27.