Paraguai cria comissão para acabar com mordomia de traficantes em presídios
Medida foi tomada pelo governo após descoberta de cela VIP em presídio de Pedro Juan
Depois do escândalo provocado pela mordomia que o narcotraficante Faustino Román Aguayo Cabañas, 44, tinha na cadeia, o governo do Paraguai criou comissão para fiscalizar todos os presídios do país vizinho e acabar com as celas VIP no sistema penitenciário nacional.
Na semana passada, durante investigação da chacina de quatro pessoas na fronteira com Mato Grosso do Sul, policiais paraguaios encontraram a luxuosa cela de Faustino na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (a 323 km de Campo Grande).
Suspeito de ser o mandante das execuções, o traficante dormia com a amante, Mirna Keldryn Romero Lesme, 22. Segundo a polícia paraguaia, ela foi namorada de Osmar Vicente Álvarez Grance, 29, o “Bebeto”, morto na chacina. Esse teria sido o motivo das mortes.
Depois da descoberta da cela com ar condicionado, cama box, TV e até uma coleção de bonés de grife, Faustino foi transferido para uma unidade da Polícia Nacional na capital, Asunción.
Nesta segunda-feira (18), o governo de Mario Abdo Benitez anunciou a criação da Comissão de Verificação de Estabelecimentos Penitenciários, que ficará encarregada de fazer controle em todos os presídios paraguaios para identificar celas de luxo e acesso dos presos a equipamentos eletrônicos e celulares.
Hoje, o governo paraguaio também anunciou a nomeação de Cristian Ortiz como diretor geral de estabelecimentos penitenciários. Ele substitui Antonio Bazán, demitido na semana passada após o escândalo.