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Interior

Paraguai frustra outro plano de resgate e três morrem em confronto

Polícia paraguaia e Interpol descobriram esconderijo da facção brasileira Comando Vermelho, que pretendia usar 84 quilos de dinamite para explodir presídio onde está Marcelo Piloto

Helio de Freitas, de Dourados | 24/10/2018 08:16
Policiais paraguaios na casa usada como esconderijo pela facção brasileira (Foto: Última Hora)
Policiais paraguaios na casa usada como esconderijo pela facção brasileira (Foto: Última Hora)

A polícia paraguaia frustrou outro plano de resgate do narcotraficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, um dos principais chefes do Comando Vermelho, preso desde dezembro do ano passado naquele país.

Na madrugada desta quarta-feira (24), agentes de elite da Polícia Nacional e da Interpol (Polícia Internacional) descobriram um esconderijo usado pela facção carioca para planejar o resgate.

Três bandidos ainda não identificados foram mortos. Eles consumiam bebida alcoólica quando os policiais invadiram o local.

Pelo menos 84 quilos de dinamite foram encontrados na casa, em Presidente Franco, cidade do Departamento (estado) de Alto Paraná, perto de Foz do Iguaçu (PR).

Armados com fuzis automáticos e pistolas, os bandidos reagiram à investida dos policiais e foram abatidos a tiros. Os explosivos estavam no porta-malas de um veículo.

O Paraguai acredita que o carro-bomba seria levado para Assunção, capital do país, para explodir a Agrupación Especializada, quartel de um grupo de elite da Polícia Nacional onde Marcelo Piloto está preso.

Segunda tentativa – Esse é o segundo plano de resgate de Marcelo Piloto descoberto no Paraguai em 20 dias. No dia 4 deste mês, agentes da Senad, abastecidos por informações do serviço de inteligência da polícia brasileira, chegaram a um esconderijo no bairro San Vicente, em Assunção, onde prenderam cinco brasileiros, entre eles a companheira do bandido carioca.

Na casa foi encontrado armamento de guerra, como fuzis, pistolas, bombas e grande quantidade de munição, inclusive de metralhadora calibre 50, mas a arma não foi encontrada. Um cidadão paraguaio também foi preso.

Os cinco brasileiros presos saíram de favelas da Zona Norte do Rio, dominadas pelo chefão do Comando Vermelho. Eles foram identificados como Alan Neves da Conceição, 26, Juarez Italo Paiva Neto, 37, Wanderson Pereira de Paula Silva, 20, Thiago Lucas Gonçalves, 23, e Marisa de Souza Penna, 24, mulher de Marcelo Piloto.

Policiais paraguaios afirmam que a facção quer resgatar Marcelo Piloto para evitar a extradição dele para o Brasil. O país vizinho tenta acelerar a extradição.

Usava MS como rota - Marcelo Piloto usava rotas passando por Mato Grosso do Sul para enviar armas e drogas para o Rio de Janeiro. Um mega carregamento de armas e drogas interceptado no dia 16 de maio do ano passado em Teodoro Sampaio (SP), perto da divisa com MS, pertencia ao narcotraficante.

O caminhão tinha 4,6 toneladas de maconha, 31 pistolas, mais de 17 mil munições e acessórios para armas. Também foram localizados três fuzis 7.62, quatro fuzis 5.56, duas metralhadoras de calibre 50 equipadas com lunetas e um revólver de calibre 38.

Explosivos estavam no porta-malas de carro (Foto: Última Hora)
Explosivos estavam no porta-malas de carro (Foto: Última Hora)
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