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Interior

Paraguai quer se livrar o quanto antes de líder do PCC preso na fronteira

Ministro e promotor afirmam que ideia é extraditar Thiago Ximenes para a Argentina ou entregá-lo à polícia brasileira

Helio de Freitas, de Dourados | 08/03/2019 15:21
Desidratado após passar três dias na mata, Matrix recebe água de policiais (Foto: Divulgação)
Desidratado após passar três dias na mata, Matrix recebe água de policiais (Foto: Divulgação)

Argentina, de onde é fugitivo, ou Brasil, onde é acusado de vários crimes. Esses são os destinos do brasileiro Thiago Ximenes, o “Matrix”, apontado pela polícia paraguaia como o principal líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira. Ele foi preso na manhã de hoje (8) na região de Vila Ygatimí, no departamento (estado) de Canindeyú, a 90 km de Paranhos (MS).

Matrix foi encontrado por policiais paraguaios no meio de uma mata a 2 km do local onde o comparsa dele, Reinaldo de Araújo, foi morto em confronto com um grupo de elite da Polícia Nacional, na terça-feira (5). Desidratado, ele se entregou sem oferecer resistência e foi levado a um hospital para atendimento médico.

Em entrevista coletiva logo após a prisão do bandido, o ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, disse que o governo do país vizinho decide qual será o destino do brasileiro, mas deixou claro que a intenção é se livrar dele o quanto antes.

Condenado a 20 anos de prisão no Paraguai por assalto e fugitivo de um presídio da Argentina, Thiago Ximenes tinha fugido pela porta da frente de uma cadeia em Assunción, a capital do Paraguai, em dezembro do ano passado. Reinaldo Araújo escapou com ele.

O promotor Hugo Volpe disse estar seguro que Matrix ficará pouco tempo no Paraguai. Segundo ele, a Argentina já tem um processo de extradição pronto para ser cumprido assim que o bandido cumprir sua pena em território paraguaio.

“Se a Argentina renunciar a seu pedido de extradição, será expulso diretamente ao Brasil”, explicou.

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