PCC planejava assaltar bancos brasileiros e carro-forte no Paraguai
Ataques eram planejados ontem à noite quando 14 bandidos foram presos em Pedro Juan
A célula do PCC (Primeiro Comando da Capital), descoberta na noite de ontem (23) na fronteira, se preparava para assaltar agências bancárias no Brasil e veículos de transporte de valores no Paraguai. A afirmação foi feita pela ministra Zully Rolón, chefe da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas).
Os 14 bandidos, entre eles Weslley Neres dos Santos, o "Bebezão", 34, apontado como novo líder da facção brasileira na linha internacional, foram presos nos fundos de um lava-rápido no bairro Perpétuo Socorro, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.
A quadrilha formada por seis brasileiros e oito paraguaios foi flagrada na segunda edição da Operação Fronteira Segura, deflagrada pela Senad com apoio da Polícia Federal brasileira.
O grupo estava com 11 veículos, seis fuzis automáticos, farta munição e coletes à prova de bala. Segundo a agência antidrogas do Paraguai, a reunião servia justamente para definir os ataques que ocorreriam nos próximos dias.
“Estavam planejando atacar instituições bancárias muito importantes do Brasil e transportadoras de valores em nosso país”, afirmou Zully Rolón. Segundo a ministra, os presos ontem fazem parte do nível médio-alto da facção.
A chefe da Senad confirmou que o paulista Weslley Neres dos Santos, o "Bebezão", é apontado como o novo chefe da facção na fronteira, substituto de Giovanni Barbosa da Silva, o “Bonitão”, preso em janeiro deste ano na mesma cidade.
Assim como Giovanni, “Bebezão” é de São Paulo, berço da facção criminosa que atualmente está presente em quase todos os Estados brasileiros e países sul-americanos, principalmente Paraguai e Bolívia. Weslley era procurado pela PF por tráfico internacional de drogas e de armas.
A ministra da Senad confirmou que Weslley está matriculado no primeiro ano do curso de medicina da Universidad Central Del Paraguay, em Pedro Juan Caballero. Ele tinha credencial emitida pela faculdade e usava o documento para circular livremente pelo Paraguai.
Além dele, foram presos os brasileiros Bruno Cesar Pereira Bernardo, Alfredo Gimenes Larrea, Bruno Rafael Porto de Oliveira, Maxuesle Rodrigues Andrade e Wiilian Meira do Nascimento.
Também foram presos os paraguaios Yoni Gómez Gimenez, Jonathan Rodrigo Ramires Alvarez, Vicente Bernardo Silva Cristaldo, Benigno Jara Alvarez, Nelson Gustavo Amarilla Elizeche, Rodrigo Ariel Acosta, Pedro Pablo Gauto e Sérgio Gómez Gimenez.