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Percentual de conclusão da UFN3 pode recuar após revisão técnica

Reunião oficializou a contratação de empresa que dará diagnóstico detalhado do projeto a Petrobras

Por Gustavo Bonotto | 04/06/2024 20:10
Secretários de Três Lagoas em reunião com o prefeito, Ângelo Guerreiro, e os gestores da Petrobras. (Foto: Reprodução)
Secretários de Três Lagoas em reunião com o prefeito, Ângelo Guerreiro, e os gestores da Petrobras. (Foto: Reprodução)

Técnicos da Petrobras participaram de reunião com secretários da prefeitura de Três Lagoas, na manhã desta terça-feira (4), para conversas iniciais sobre a retomada das obras da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados). A construção foi paralisada no fim de 2014, com 81% das obras prontas.

Segundo publicado no portal institucional, as obras estão sendo avaliadas por uma empresa contratada para realizar um diagnóstico detalhado do atual estado do projeto. "Esse percentual pode recuar um pouco, mas estamos focados em avançar", afirmou o gerente setorial da estatal, Marcelo Portella.

A reunião teve a presença do prefeito, Ângelo Chaves Guerreiro (PSDB) e dos secretários municipais José Aparecido de Moraes (Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Turismo), Silvânia Bersani (Governo e Políticas Públicas) e Soyla Garcia (Finanças, Receita e Controle).

O representante terá encontros agendados com integrantes do Governo do Estado nos próximos dias. Essas articulações são consideradas fundamentais para garantir o apoio necessário e viabilizar a continuidade do projeto, que é vital para o desenvolvimento econômico e social da região.

Apoio - A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu a estruturação e o desenvolvimento do mercado de feminizantes quando tomou posse, no fim de maio.

"O Brasil importa cerca de 80% dos produtos que utiliza. Uma grande parte deles é de nitrogenados, feitos com gás natural. A Petrobras vende gás. Se ela tem um produto que faz sentido ser vendido para fazer fertilizante, nós queremos ajudar a desenvolver o mercado", disse a nova titular.

Já o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), expressou confiança na conclusão da UFN3 durante coletiva à imprensa. "A fábrica vai produzir cerca de 15% do fertilizante nitrogenado que será usado no Brasil. Não é só pelo volume de 1,2 mil funcionários que estarão lá diretamente. Além da competitividade desse insumo que abastecerá 15% do agro brasileiro", destacou o tucano.

Obra paralisada na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados em Três Lagoas. (Foto: Arquivo/Saul Schramm)
Obra paralisada na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados em Três Lagoas. (Foto: Arquivo/Saul Schramm)

Histórico - A fábrica de fertilizantes foi projetada para processar diariamente 2,3 milhões de m³ de gás natural, transformando-os em 3.600 toneladas de ureia e 2.200 toneladas de amônia por dia.

Sua construção teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.

Em 2022, a empresa russa Acron manifestou interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas não concluídas porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, que não teve aprovação nem do governo estadual, nem da administração municipal.

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