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Interior

Polícia Civil ouve testemunhas de ataque a ônibus e pode repassar caso à PF

Aline dos Santos | 06/06/2011 09:00
Veículo escolar foi atacado com pedras e coquetel molotov.
Veículo escolar foi atacado com pedras e coquetel molotov.
Foto mostra interior do ônibus após atentado.
Foto mostra interior do ônibus após atentado.

A Polícia Civil de Miranda ouve na manhã desta segunda-feira testemunhas do ataque ao ônibus escolar ocorrido na última sexta-feira, na aldeia Cachoeirinha.

De acordo com o delegado Tiago Macedo, será decidido hoje se a investigação fica a cargo da Civil ou será repassada à PF (Polícia Federal). “Vai ser analisado se é um crime comum”, afirma.

O veículo já foi periciado. No atentado, foram lançadas pedras e um coquetel molotov (espécie de bomba caseira) no ônibus, que transportava 30 alunos indígenas que cursam o Ensino Médio em Miranda.

Quatro pessoas sofreram queimaduras graves e estão internadas na Santa Casa de Campo Grande. As vítimas são o motorista Laércio Xavier Correia, Rosana de Oliveira Martins, de 29 anos, Lurdivane Pires, de 28 anos, e um adolescente de 15 anos. O motivo do crime está sendo investigado. Uma das possibilidades é rixa entre aldeias.

Os índios lutam pela ampliação da aldeia Cachoeirinha. A portaria do Ministério da Justiça reconhecendo a área indígena é de 2007. Desde então, há uma guerra judicial e diversas ocupações em busca da posse das terras.

No ano passado, o procedimento administrativo de demarcação foi parcialmente suspenso por decisão liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A Funai (Fundação Nacional do Índio) chegou a depositar R$ 1,3 milhão em juízo, referente ao valor das benfeitorias. Mas os proprietários não aceitaram o acordo e recorreram. Uma das propriedades em disputa é a fazenda Petrópolis, que pertence à família do ex-governador Pedro Pedrossian.

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