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Interior

Polícia reconstitui morte de bebê de 2 meses jogado no chão pela mãe

Mulher continua presa na delegacia de Cassilândia e inquérito deve ser fechado no dia 14 de janeiro

Dayene Paz | 12/01/2023 06:39
Delegacia de Polícia Civil de Cassilândia, que apura o caso. (Foto: Divulgação)  
Delegacia de Polícia Civil de Cassilândia, que apura o caso. (Foto: Divulgação)

Agentes da Polícia Civil e Perícia realizaram a reconstituição da morte do bebê de 2 meses jogado no chão pela própria mãe, no dia 1º de janeiro, um domingo, em Cassilândia, a 418 quilômetros de Campo Grande. A mulher está presa e a defesa pediu exame de insanidade mental para atestar que ela não tinha plenas condições para entender o ato que levou à morte da filha.

O delegado Rodrigo de Freitas afirmou que por conta da complexidade do caso foi necessária a reconstituição, feita na terça-feira (10). "Procuramos através de fotografias e depoimentos das pessoas enriquecer o inquérito para que promotor e juiz tenham noção do que realmente aconteceu", pondera.

As equipes fecharam duas ruas da Vila Izanópolis e a reconstituição contou com a presença de testemunhas do fato. Foi cogitada a participação da mãe, mas foi negada pelo advogado. "Todo o contexto inicia dentro da casa entre os familiares e depois vai até a rua. Por isso a necessidade de fechar duas ruas do local", explica Freitas.

Sobre o surto, o delegado afirmou que trabalha com essa possibilidade, contudo, não pode repassar outras informações, pois isso ficará a cargo da Justiça. "Se houve um surto, problema psicológico ou mental, quem vai poder dizer isso é a perícia médica, essa perícia geralmente e feita pelo Fórum".

Rodrigo ainda disse que tem até o dia 14 de janeiro para finalizar o inquérito e, por enquanto, não deve pedir prorrogação já que o caso está praticamente fechado.

Entenda - O pai do bebê contou que convivia com a mãe da menina há cerca de sete anos. Segundo ele, a mulher sofre com problemas psicológicos e espirituais, mas que o relacionamento dos dois sempre foi “harmônico e tranquilo”, inclusive, estariam planejando mudar de cidade por conta dos transtornos.

A jovem se sentia culpada e sobrecarregada por conta dos problemas psicológicos e, no domingo, ele tentou acordar esposa e ela já levantou alterada do sofá, deixando a criança cair. O rapaz afirma que chegou a ser agredido pela companheira e então ligou para o sogro. Quando o pai da jovem chegou na residência do casal, ela saiu correndo e abriu o portão com a bebê no colo.

O rapaz afirma que foi atrás da esposa e a uma quadra do local conseguiu segurar a mulher, que passou a chacoalhar a criança pelas pernas e então a menina veio a cair no chão. Em seguida, o pai da acusada chegou e todos voltaram para casa, acionaram um outro rapaz de 29 anos, que foi quem levou o bebê para o hospital, onde recebeu atendimento médico, mas acabou morrendo por conta dos ferimentos.

A mãe da bebê chegou a fingir um desmaio quando a polícia foi acionada, mas foi desmentida durante atendimento médico. A acusada confessou que segurou a criança no colo e saiu correndo porque estavam tentando impedir que ela matasse a bebê. Em depoimento, a jovem afirmou ainda que cometeu o crime sem motivo e que precisava “libertar uma amarra espiritual” em relação ao companheiro e à filha. Ela disse ainda que, por impulso, sentiu a necessidade de cometer o ato.

A mulher passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Vinicius Aguiar Milani. Na decisão, ele alegou que não há hipótese de substituição da prisão por tratamento médico ou necessidade de perícia médica ou instauração de incidente de insanidade mental, já que a acusada apresenta bom estado de saúde. (Com colaboração do Cassilândia Notícias)

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