Pai garante que tentou segurar esposa e evitar que bebê fosse jogado ao chão
Jovem de 24 anos passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada pelo homicídio
O rapaz de 28 anos, pai da bebê de 2 meses morta após ser jogada no chão pela mãe, alegou em depoimento que tentou segurar a companheira. O caso, atendido pela PM (Polícia Militar), aconteceu no domingo (1), em Cassilândia, cidade a 418 quilômetros de Campo Grande, e segue sob investigação da Polícia Civil.
No relato, o rapaz contou que convive com a mãe da menina, jovem de 24 anos, há cerca de sete anos. Segundo ela, a acusada sofre com problemas psicológicos e espirituais, mas que o relacionamento dos dois sempre foi “harmônico e tranquilo”, inclusive, estariam planejando mudar de cidade por conta dos transtornos.
Segundo ele, a jovem se sentia culpada e sobrecarregada por conta dos problemas psicológicos e, no domingo, ele tentou acordar esposa e ela já levantou alterada do sofá, deixando a criança cair. O rapaz afirma que chegou a ser agredido pela companheira e ele então ligou para o sogro.
Quando o pai da jovem chegou na casa do casal, ela saiu correndo e abriu o portão indo em direção à rua com a bebê no colo. O rapaz afirma que foi atrás da esposa e a uma quadra do local conseguiu segurar a mulher, que passou a chacoalhar a criança pelas pernas e então a menina veio a cair no chão.
Em seguida, o pai da acusada chegou e todos voltaram para casa, acionaram um outro rapaz de 29 anos, que foi quem levou o bebê para o hospital, onde recebeu atendimento médico, mas acabou morrendo por conta dos ferimentos. A mãe da bebê chegou a fingir um desmaio quando a polícia foi acionada, mas foi desmentida durante atendimento médico.
A acusada confessou que segurou a criança no colo e saiu correndo porque estavam tentando impedir que ela matasse a bebê. Em depoimento, a jovem afirmou ainda que cometeu o crime sem motivo e que precisava “libertar uma amarra espiritual” em relação ao companheiro e à filha. Ela disse ainda que, por impulso, sentiu a necessidade de cometer o ato.
Ela passou por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (3) e teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Vinicius Aguiar Milani. Na decisão, ele alegou que não há hipótese de substituição da prisão por tratamento médico ou necessidade de perícia médica ou instauração de incidente de insanidade mental, já que a acusada apresenta bom estado de saúde.