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Interior

Políticos e servidores são presos em operação contra fraude em licitações

Pelo menos quatro mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta manhã em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 31/10/2018 07:40
Policiais que participam da operação em Dourados recolhem documentos (Foto: Adilson Domingos)
Policiais que participam da operação em Dourados recolhem documentos (Foto: Adilson Domingos)

Quatro mandados de prisão de servidores públicos e políticos e 16 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta manhã em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, na Operação Pregão, que investiga fraude em licitações. Mandados também estão sendo cumpridos na Capital.

Os nomes dos presos ainda não foram divulgados. A assessoria do Ministério Público de Mato Grosso do Sul informou que todos os mandados de prisão já foram cumpridos.

O Campo Grande News apurou que dois secretários municipais e dois vereadores seriam os presos. Equipes da operação estão no CAM (Centro Administrativo Municipal), sede da prefeitura e onde fica o gabinete da prefeita Délia Razuk (PR).

A operação é comandada pelo promotor de Justiça Ricardo Rotunno, da 16ª Promotoria de Justiça de Dourados, com o apoio dos promotores Élcio Félix D’Angelo, Izonildo Gonçalves de Assunção Júnior, Luiz Gustavo Camacho Terçariol, Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior e do coordenador do Gecoc (Grupo Especializado no Combate à Corrupção) do MP, Adriano Lobo Viana de Resende.

Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e da Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira) também estão na operação.

Os mandados de busca e de prisão preventiva foram expedidos pelos Juízes de direito Luiz Alberto de Moura Filho e César de Souza Lima (em substituição legal), da 1ª Vara Criminal de Dourados.

Segundo o MP, as investigações têm por objetivo esclarecer a atuação de uma suposta organização criminosa composta por agentes públicos, políticos e empresários, visando a pratica de diversos crimes incluindo fraude em licitação, dispensa indevida de licitação, falsificação de documentos, advocacia administrativa, além do crime conta a ordem financeira e da incidência na conduta descrita no artigo 5º, IV, da Lei Anticorrupção, notadamente em razão de fraudes em licitações e contratos públicos, praticados, em tese, durante a atual gestão municipal.

O nome da operação “Pregão”, refere-se à modalidade de procedimento licitatório mais utilizada pelos investigados em sua atuação.

No total, participaram da operação 13 equipes, compostas por aproximadamente 75 policiais militares, civis e servidores, além dos seis promotores de Justiça de Dourados e Campo Grande.

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