População corre para farmácia e zera estoque de álcool e máscaras
Pânico. É assim que vivem os moradores de Naviraí, distante 366 km de Campo Grande, depois da confirmação de quatro mortes na cidade devido a gripe transmitida pelo vírus H1N1. Segundo funcionários das farmácias, em um único dia são vendidos 300 máscaras, 300 bisnagas de álcool em gel e 100 cartelas de vitaminas C com zinco.
De acordo com a vendedora da Farmácia Paulista, Marlene Gomes, de 33 anos, quase todo cliente procura por máscara ou o álcool e que há medo em atender, já que nenhum dos funcionários foi vacinado. “Se eu pudesse ficaria em casa como vários estão. Nós não conseguimos vacina e dá medo de trabalhar porque pode entrar quem está saudável e quem já está doente né?”
O vendedor da Farmácia Farmamil, Jean Carlo, conta que há uma semana a procura por esses produtos triplicou. “Em dois dias foram vendidos aproximadamente 500 bisnagas de álcool em gel, 300 máscaras e cerca de 60 vitaminas C com zinco, que é a que protege mais. O proprietário da farmácia fez um pedido de mais de 500 máscaras e pelo menos 100 já estão reservadas”. Segundo o vendedor, todos os funcionários conseguiram vacinas e estão trabalhando de máscara.
Com dificuldade em encontrar álcool em gel, o gerente da Farmácia Estrela conta que que desde quinta-feira passada (12) ele vende cerca de 100 máscaras por dia e que a procura não para de aumentar. “A vitamina C tem vendido bastante e só não vendo mais álcool em gel porque não encontro mais para comprar porque todo mundo tá vindo atrás”.
Segundo ele, um dos funcionários não conseguiu se vacinar, mas com medo as pessoas estão viajando atrás de vacina para se proteger. “Muita gente tá indo para o Paraguai comprar”.
A máscara que tem proteção de meia hora custa R$ 1, já a de carbono que protege por três dias custa R$20. O álcool em gel pequeno custa R$ 7,50 e o grande R$ 25 e a vitamina C com zinco com dez cápsulas custa R$ 25.
Boletim – De acordo com a assessoria da Prefeitura de Naviraí, serão divulgados boletins diários sobre a gripe transmitida pelo vírus H1N1 na cidade.
O último balanço realizado na quarta-feira (18), divulgou que do início do mês até agora, foram realizadas 75 coletas, destas 29 aguardam resultados e 16 deram negativo. Dos 30 casos confirmados, 4 foram a óbito, 22 tiveram alta e 4 continuam internados. Há ainda 15 casos que permanecem com suspeita e por isso estão internados.
Escolas fechadas – Na quarta-feira, a prefeitura decidiu a antecipar as férias escolares nas escolas municipais, que voltarão somente dia 2 de junho. Os colégios particulares também suspenderam as aulas.