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Interior

Prazo vence e PM tenta convencer famílias a deixarem casas invadidas

Parte das 450 famílias que invadiram o Residencial Dioclécio Artuzi III saiu, mas PM diz que cem permanecem nas casas

Helio de Freitas, de Dourados | 12/05/2015 11:43
Algumas famílias estão saindo nesta manhã, mas outras permanecem em casas invadidas (Foto: Eliel Oliveira)
Algumas famílias estão saindo nesta manhã, mas outras permanecem em casas invadidas (Foto: Eliel Oliveira)

Uma equipe da Polícia Militar seguiu nesta manhã para o Residencial Dioclécio Artuzi III, em Dourados, a 233 km de Campo Grande, para tentar convencer as famílias que permanecem nas casas invadidas a desocuparem as moradias de forma pacífica e espontânea. Localizado na margem da rodovia MS-156, próximo ao Jardim Guaicurus, o residencial ainda não foi concluído e as casas seriam entregues no segundo semestre deste ano às famílias sorteadas em 2014.

O prazo definido pela própria PM para a desocupação terminou ontem, mas pelo menos cem famílias, segundo o tenente-coronel Carlos Silva, permanecem nas casas. As outras 350 que no dia 11 de abril invadiram as moradias do residencial, construído através do programa “Minha Casa, Minha Vida”, saíram entre o fim de semana e ontem.

“O batalhão de choque está de prontidão em Campo Grande e temos uma equipe lá acompanhando os oficiais de Justiça. Esperamos que todas as famílias desocupem as casas sem a necessidade de intervenção da Polícia Militar”, afirmou Carlos Silva ao Campo Grande News.

Números diferentes – Diego Alves da Silva, porta-voz dos invasores, disse à reportagem que 200 famílias deixaram a casas “e voltaram para o aluguel” e que pelo menos 250 permanecem nas casas porque não têm para onde irem.

“A ordem de despejo tem de ser cumprida, sabemos disso, mas para sairmos algumas coisas ainda precisam ser atendidas. Estamos aqui por enquanto, vamos continuar conversando”, afirmou ele. Durante o período de ocupação as famílias prometeram acampar na Praça Antonio João ou na sede da prefeitura, mas não há indícios de que pretendem cumprir a ameaça.

Financiadas pela Caixa Econômica Federal, as casas ainda não tinham sido entregues pela construtora, a empresa LC Braga Incorporadora, de Campo Grande. A prefeitura afirma que apenas faz a seleção das famílias e que não tem como atender os invasores, boa parte deles com cadastro no setor de habitação do município.

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