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Interior

Prefeita diz que tentativa de assessor em vetar posse na UFGD é pessoal

Áudios vazados mostram que assessor pediu ajuda de senadores para barrar nomeação

Clayton Neves | 24/06/2019 22:57
Roberto Djalma Barros disse que mandou “coisas” a senadores mostrando que Etienne Biasotto falou mal de Bolsonaro (Foto: Reprodução)
Roberto Djalma Barros disse que mandou “coisas” a senadores mostrando que Etienne Biasotto falou mal de Bolsonaro (Foto: Reprodução)

A prefeita de Dourados Délia Razuk (MDB) comentou na noite desta segunda-feira (24) tentativa de um de seus assessores que tenta impedir a nomeação do professor Etienne Biasotto como reitor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).Para ela, a opinião do ex-deputado estadual Roberto Djalma Barros é pessoal, e não representa o pensamento da gestão municipal.

“Eu não tenho nada a ver com a opinião dele, muito menos a administração municipal. É uma manifestação pessoal, de foro íntimo”. disse.

Áudios vazados pelo ex-vereador Wilson Biasotto, revelam que o ex-deputado estadual, atualmente assessor da prefeitura, teria recorrido aos senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (PSL) para tentar impedir a nomeação do professor Etienne como reitor da UFGD. Etiene é filho do ex-vereador Wilson Biasottto, do PT.

“Tenho o maior respeito pelo Etiene e pelo Biasotto. São ótimas pessoas, ótimos profissionais. Além do mais, eu não tenho que me manifestar sobre a eleição na UFGD, não tenho voto, não pertenço à universidade”, falou Délia Razuk, reforçando que a posição de Djalma Barros é uma manifestação isolada, de cunho pessoal. “Ele não falou pela prefeitura. Fiquei até surpresa com a repercussão das declarações dele”, resumiu.

Em nota, a senadora Soraya Thronicke lembrou que “ao contrário do que ocorreu nos anos anteriores, a decisão foi questionada pelo MEC e pela justiça. No dia 10 de maio, a 1º Vara Federal de Dourados acatou um pedido do Ministério Público Federal (MPF), determinando a suspensão da lista tríplice e a realização de novas eleições”.

“A denúncia do MPF alegava que o processo de escolha do novo reitor havia desrespeitado a legislação e que a conduta dos professores envolvidos na eleição havia sido “antiética”. O uso do sistema de consulta com voto paritário também foi questionado. Portanto, a decisão foi do Poder Judiciário. Além disso, o MEC também avaliou a eleição como irregular.”, diz o texto.

“Os irresignados com a determinação devem recorrer ao poder judiciário e entrar em contato com o MEC para questionar a decisão diretamente com o Ministro Abraham Weintraub”, finaliza a nota sem confirmar ou desmentir a veracidade dos áudios circulados nesta segunda-feira.

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