Prefeitura escala duas secretarias para tentar acabar com buraqueira
Pastas de obras e de serviços urbanos vão cuidar do tapa-buraco enquanto prefeita vai a Brasília em busca de dinheiro
Duas secretarias municipais vão trabalhar unidas para tentar acabar com a buraqueira que toma conta das ruas de Dourados, a 233 km de Campo Grande. Duas mulheres morreram na cidade nos últimos dias em acidentes de moto que teriam sido causados pela buraqueira.
Nesta segunda-feira (26), a prefeitura informou através da assessoria de imprensa que a Secretaria de Obras Públicas vai receber nos próximos dias o reforço de equipes da Secretaria de Serviços Urbanos. Outra novidade é uma equipe itinerante para fazer os reparos emergenciais.
A prefeitura promete reativar nos próximos dias a usina de massa asfáltica, que não funciona desde o ano passado. A ideia é usar a massa fria produzida na usina para tapar os buracos nas ruas de menor movimento e usar massa quente, que é mais resistente, para consertar as vias coletoras.
O secretário de Serviços Urbanos, Joaquim Soares, disse que a usina está sendo regularizada, já que teria funcionado de forma irregular na administração passada.
Desde março, a prefeitura já gastou R$ 3,5 milhões com serviço de tapa-buraco, mas a maioria das ruas continua intransitável. Em alguns bairros, como no Jardim Santa Maria e Parque das Nações II, quarteirões inteiros de asfalto desapareceram.
O serviço é feito pela empreiteira Enerpav, contratada sem licitação para o serviço emergencial e que depois venceu a licitação e está recebendo mais R$ 2,3 milhões do município.
“Já tapamos 25 mil metros quadrados de buracos. No entanto, é um trabalho muito árduo por causa da situação precária da malha asfáltica”, disse o secretário de Obras, Tahan Sales Mustafa.
Enquanto espera a liberação de R$ 5 milhões para a recuperação das ruas, anunciados em maio pelo governador Reinaldo Azambuja, a prefeita Délia Razuk (PR) tenta amanhã, em Brasília, obter dinheiro federal para consertar a malha viária.
No Ministério das Cidades, ela vai apresentar ao ministro Bruno Araújo a “situação caótica” da malha asfáltica, agravada, segundo a prefeitura, pela chuva, vida útil do asfalto vencida e “péssima qualidade dos serviços de manutenção executados em anos anteriores”.