Preso nega mortes e garante ser Evandro, nome trágico que marcou família no PR
Já Polícia Civil destacou histórico de fugas cinematográficas e pede vaga em presídio de Ponta Porã
Preso na noite de sábado na fronteira com o Paraguai, homem nega ser Luccas Abagge, 32 anos, condenado a pena de 80 anos por assassinatos. Ao ser ouvido na 1ª Delegacia de Ponta Porã, ele afirma que seu nome é Evandro Oliveira Ribeiro. O nome Evandro marca a família Abagge por crime ocorrido em Guaratuba (Paraná), no ano de 1992.
Mãe de Luccas, Beatriz Abagge chegou a ser condenada pela morte do menino Evandro, teve perdão judicial e, atualmente, pede a revisão à Justiça. Numa série documental, ela relata ter sofrido tortura para confessar o crime e recebeu pedido de perdão do Estado do Paraná.
No interrogatório em Mato Grosso do Sul, o homem insiste que se chama Evandro, não é criminoso e que cruzou a fronteira de Ponta Porã com o Paraguai para buscar a esposa em um shopping. Inclusive, o preso não assinou nenhum documento em nome de Luccas Abagge.
Conforme o Boletim de Ocorrência por uso de documento falso, a esposa disse que o conhecia como Evandro, sem saber de condutas criminosas. O preso vai passar por audiência de custódia na tarde deste domingo.
A Polícia Civil destacou que Luccas tem histórico de fugas cinematográficas, solicitando ao Poder Judiciário vaga urgente no presídio de Ponta Porã. A prisão ainda foi comunicada ao titular da Vara de Execução em Meio Fechado e Semiaberto de Curitiba.
Flagrante – A prisão foi feita Força Tática do 4ª Batalhão da Polícia Militar de Ponta Porã. O homem conduzia um Celta, com placas de Catalão (Goiás), pela Avenida Tiradentes. Vindo de Pedro Juan Caballero, o veículo estava com os faróis apagados e, segundo a polícia, era “conduzido de forma suspeita”.
Apesar do documento falso, ele foi identificado após averiguação minuciosa. O condutor estava muito nervoso durante a atuação policial, foi preso e encaminhado à delegacia de Polícia Civil.
Assassinatos - Em janeiro de 2019, Luccas foi condenado a 54 anos por homicídio, pena posteriormente reduzida para 48 anos. Após o crime por disputa por ponto de vendas de drogas em Curitiba, a sua fuga envolveu o roubo de três veículos, numa ação classificada como cinematográfica.
Em julho de 2019, nova condenação: a 32 anos por matar um adolescente em Curitiba.Um segundo adolescente ficou ferido. Em 2016, ele fugiu da Penitenciária Central do Estado, na Região Metropolitana da capital paranaense.
Conforme o G1 Paraná, os detentos fizeram um buraco na parede da cela e foram até o telhado pela tubulação hidráulica.