Professor e amigos negam estupro coletivo de adolescente em festa
Suspeitos disseram à polícia que "vítima inventou história porque professor não quis 'ficar' com ela"
Um professor, que não teve o nome divulgado, está entre os suspeitos de estuprar uma adolescente de 16 anos durante uma festa regada a bebida alcoólica, numa chácara de Corguinho – a 88 quilômetros de Campo Grande. Ele e mais dois amigos prestaram depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (6), mas negam o crime.
De acordo com o delegado que investiga o caso, Paulo Roberto Diniz, os três suspeitos confirmam que estiveram na festa e consumiram bebida alcoólica com a adolescente e uma amiga dela, além de outras três pessoas, mas negam a prática do estupro.
“Eles dizem que a menina inventou a história porque o professor não quis ‘ficar’ com ela, mas nós vamos aguardar os laudos e ouvir testemunhas para saber o que realmente houve”, explicou.
Ainda conforme Diniz, os homens, que tem entre 20 e 30 anos, afirmaram que já haviam mantido relações sexuais com a garota outras vezes, mas, segundo eles, de maneira consentida, e não no dia do crime.
Crime - A adolescente teria sido estuprada durante uma festa regada a bebida alcoólica e drogas numa chácara. Tudo teria sido combinado por um aplicativo de bate-papo.
A menina só procurou a polícia no dia seguinte ao crime, depois de ser orientada por uma amiga a ir ao hospital. A equipe médica acionou o Conselho Tutelar, que a encaminhou à delegacia. A vítima passou por exame de corpo delito, no entanto, conforme o delegado, a demora em registrar a denúncia pode prejudicar os resultados dos exames.
"A coleta do exame seria substancial, se fosse feita imediatamente após o crime, com a demora, os indícios podem ser eliminados", diz.
Conforme o delegado, mesmo que não se comprove o crime de estupro, a pessoa que alugou a chácara para a realização da festa irá responder por fornecer bebida alcoólica à adolescentes.