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Interior

Proprietários de 32 mil imóveis devem regularizar áreas na faixa de fronteira

Prazo se encerra em outubro; evento em Dourados orienta sobre o processo

Por Kamila Alcântara | 22/03/2025 09:35
Proprietários de 32 mil imóveis devem regularizar áreas na faixa de fronteira
Todas os tipos de propriedades estão incluídas no processo (Foto: Divulgação Famasul)

Cerca de 32 mil imóveis em 41 municípios localizados na faixa de fronteira precisam passar pelo processo de regularização fundiária para evitar problemas com o governo federal. A ratificação da faixa de fronteira é um procedimento jurídico previsto na Lei 13.178/2015, que confirma o domínio da União sobre essas áreas e reconhece transferências de imóveis rurais titulados pelos Estados dentro do limite de 150 km.

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Cerca de 32 mil imóveis em 41 municípios da faixa de fronteira precisam de regularização fundiária para evitar problemas com o governo federal. A ratificação, prevista na Lei 13.178/2015, agora é feita por cartórios, agilizando o processo. Em MS, a Semadesc e a Agraer apoiam os proprietários, com seminários para orientação. O prazo termina em outubro. A regularização varia conforme o tamanho da propriedade, com exigências específicas para áreas maiores. Municípios como Amambai e Dourados são impactados. Seminário em Dourados abordará o tema em 28 de março.

O processo, antes conduzido pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), agora é de responsabilidade dos cartórios de Registro de Imóveis, o que agiliza a tramitação, mas também aumenta as exigências.

Em Mato Grosso do Sul, os proprietários contam com o apoio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural).

"Essa regularização é fundamental para a estabilidade econômica do Estado. Por isso, em parceria com o Tribunal de Justiça e outras instituições, estamos promovendo seminários para orientar os produtores, já que o prazo se encerra em outubro", destaca o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Proprietários de 32 mil imóveis devem regularizar áreas na faixa de fronteira

Primeiro atendimento

No dia 28 de março, a partir das 7h30, técnicos da Agraer vão abordar o tema no Seminário sobre a Ratificação da Faixa de Fronteira, no Sindicato Rural de Dourados. O evento, que tem entrada gratuita, contará com especialistas do Tribunal de Justiça, Famasul e RIB (Registro de Imóveis do Brasil).

Como regularizar

A ratificação deve respeitar a política agrícola e o plano nacional de reforma agrária, sem sobrepor direitos originários dos povos indígenas. As exigências variam conforme o tamanho da propriedade:

  • Até 15 módulos fiscais: regularização direta no cartório de Registro de Imóveis, sem necessidade de certificação do Incra.

  • Acima de 15 módulos fiscais: obrigatoriedade de certificação no Incra e atualização no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR).

  • Acima de 2,5 mil hectares: sujeitas à aprovação do Congresso Nacional, conforme o artigo 188 da Constituição Federal.

Em Mato Grosso do Sul, os provimentos nº 309/2024 e nº 322/2024 estabelecem regras específicas, incluindo a comprovação de inexistência de processos administrativos ou judiciais sobre o imóvel e a apresentação de estudo técnico sobre sua cadeia dominial.

Municípios impactados

Os municípios onde 100% dos imóveis precisam de regularização são: Amambai, Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caarapó, Caracol, Coronel Sapucaia, Douradina, Eldorado, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi, Itaporã, Itaquiraí, Japorã, Jardim, Juti, Ladário, Laguna Carapã, Mundo Novo, Naviraí, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho, Sete Quedas, Tacuru e Vicentina.

Já nos municípios de Fátima do Sul, Maracaju, Dourados, Bonito, Jateí, Bodoquena, Nioaque, Corumbá, Rio Brilhante, Miranda, Sidrolândia, Glória de Dourados, Taquarussu, Aquidauana e Novo Horizonte do Sul, a regularização deve ser feita parcialmente.

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