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Interior

Quadrilha veio de MT e usou equipamentos eletrônicos para furtar caminhonetes

Dois ladrões foram presos em Coxim e o 3º já em Mato Grosso; adolescente e mulher também participaram

Por Helio de Freitas, de Dourados | 21/06/2024 14:48
Os dois presos em Coxim quando chegavam à delegacia em Dourados (Foto: Leandro Holsbach)
Os dois presos em Coxim quando chegavam à delegacia em Dourados (Foto: Leandro Holsbach)

A quadrilha que furtou quatro caminhonetes Toyota Hilux de forma simultânea na madrugada de ontem (20) em Dourados (a 251 km de Campo Grande) é de Cuiabá (MT) e vinha praticando crimes semelhantes há alguns meses na região sul de Mato Grosso do Sul.

Dois ladrões foram presos à noite na BR-163 em Coxim quando voltavam de carro para Mato Grosso. Outro bandido já tinha conseguido cruzar a divisa entre os dois estados de ônibus e foi capturado em Campo Verde (MT).

Além deles, um adolescente e uma mulher também participaram dos furtos. O rapaz foi preso quando tentava levar uma das caminhonetes ao Paraguai. A mulher ainda não foi localizada. Três veículos foram entregues pelos ladrões a receptadores do Paraguai e ainda não foram localizados.

Estacionadas na rua em quatro locais diferentes na área central e bairros da região norte de Dourados, as caminhonetes foram abertas e ligadas com uso de equipamentos eletrônicos, apreendidos em poder dos suspeitos. Um deles, pequeno transbonder, estava com a dupla presa em Coxim e o outro, espécie de tablet, estava com o preso em MT.

As prisões – O trabalho de investigação para chegar aos ladrões envolveu policiais do SIG (Setor de Investigações) da 1ª Delegacia de Polícia de Dourados e da delegacia local da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Ao tomar conhecimento do arrastão praticado pelos ladrões, os investigadores perceberam que o modo de operação era semelhante a outros três furtos ocorridos recentemente na cidade e cujas caminhonetes foram levadas para o Paraguai. Segundo a polícia, o grupo é suspeito de furtar ao menos 60 caminhonetes nos últimos meses nos dois estados.

Após troca de informações entre as duas corporações, uma equipe da PRF no Posto Capeí, na BR-463, abordou uma Toyota Hilux preta conduzida pelo adolescente de 17 anos. A caminhonete era uma das furtadas horas antes em Dourados.

Na delegacia, ele confessou que fazia parte da quadrilha de Mato Grosso, especializada em furtar caminhonetes, principalmente da marca Toyota. Contou também que as outras três caminhonetes tinham sido levadas para o Paraguai por dois homens e uma mulher.

Segundo o adolescente, sua atribuição era apenas dirigir uma das caminhonetes até o Paraguai, enquanto os outros membros da organização ficavam com a incumbência de abrir e ligar os veículos com uso dos equipamentos eletrônicos.

Equipamento usado por ladrões para abrir e dar partida em caminhonetes (Foto: Leandro Holsbach)
Equipamento usado por ladrões para abrir e dar partida em caminhonetes (Foto: Leandro Holsbach)

Através de imagens de câmeras de monitoramento, os policiais identificaram o veículo usado pelos ladrões nos locais onde estavam as Hilux e descobriram que carro semelhante, um Polo branco, havia seguido viagem pela BR-163 com destino a Mato Grosso.

O veículo foi abordado na base da PRF em Coxim. Matheus Bruno França de Oliveira, 26, e Emerson Paes dos Santos, 37, estavam com o equipamento para ler e codificar chaves de veículos. Os dois confessaram os furtos. Nesta sexta-feira (21) foram transferidos para Dourados, onde vão permanecer presos.

O quarto preso, Vitor Lucas Faleiro Facio, 29, seguia viagem de ônibus e foi capturado pela PRF já na cidade de Campo Verde, por volta de 2h da madrugada de hoje. Ele estava com o outro aparelho usado para abrir os veículos e codificar uma nova chave. Ele foi autuado na delegacia daquela cidade, onde permanece recolhido.

A reportagem apurou que além da mulher, que teria levado uma das caminhonetes roubadas, a polícia tenta localizar outros envolvidos nos furtos. O grupo viajou dividido a Dourados. Parte veio de carro e outros de ônibus. Na cidade, ficaram hospedados em hotéis diferentes, para não chamar atenção.

Considerado pela polícia "bastante estruturado", o grupo seria ligado à facção criminosa Comando Vermelho e as caminhonetes usadas como pagamento por cargas de drogas. Um presidiário de Mato Grosso é apontado como líder da célula criminosa.

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