"Que eles peguem pena máxima", espera família de Nathália, morta por casal
José Romero e Regiane Marcondes, acusados pela morte de servidora, estão sendo julgados nesta sexta
Com forte esquema de segurança e previsão de pelo menos 12 horas de duração, o julgamento de José Romero e Regiane Marcondes Machado, acusados pela morte de Nathália Alves Corrêa Baptista, é acompanhado de perto por familiares da vítima. A maioria se deslocou de outras cidades, incluindo de Campo Grande, para Porto Murtinho, a 431 km da Capital.
Pelo menos 10 pessoas da família de Nathália estão no local. Por medidas de segurança, apenas 5 delas - a mãe, o pai, o irmão e duas primas - acompanham o desenrolar do júri na plateia do Fórum. Os demais familiares aguardam a sentença do lado de fora.
Dois anos após o crime, o que a família mais deseja é justiça. "A gente torce para que eles peguem a pena máxima e que o crime não fique impune. É um sentimento de ira, são pessoas conhecidas da gente, que conviviam com a gente, que jamais pensamos que seriam capazes cometer tanta crueldade", destaca Ludmila Ojeda, de 36 anos, prima da vítima.
Bastante abalados, os pais de Nathália também acompanham o desenrolar do julgamento. Após testemunhas serem ouvidas, neste momento, é José Romero que presta depoimento. A previsão indica que a sessão deve demorar pelo menos 12 horas, tendo começado às 8h30.
O crime - Nathália foi morta em julho de 2019, aos 27 anos. Investigações apontam que, logo depois de assassinada, a vítima teve o corpo incinerado e as cinzas foram jogadas no Rio Paraguai.
No pano de fundo da barbárie, uma “jura de amor”. Tanto Regiane, quanto a vítima mantinham relacionamento amoroso com Romero, que era gerente de pousada em Porto Murtinho.
Conforme a versão de Regiane, que é professora, Nathália foi dopada e morta a golpes de barra de ferro pelo homem, como "prova de amor" à amante. Depois da morte, o corpo foi levado para a casa de Regiane, sendo incinerado. Os réus foram denunciados por homicídio doloso por motivo torpe, meio cruel, emboscada e feminicídio.