ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEGUNDA  29    CAMPO GRANDE 31º

Cidades

Professora envolvida em homicídio “por amor” prefere presídio da Capital

Segundo a defesa, Regiane Marcondes Machado, presa há 10 meses em Porto Murtinho, está trabalhando e socializada

Anahi Zurutuza | 17/06/2020 14:00
Regiane Marcondes Machado, de 33 anos, está presa desde o dia 24 de agosto do ano passado (Foto: Facebook/Reprodução)
Regiane Marcondes Machado, de 33 anos, está presa desde o dia 24 de agosto do ano passado (Foto: Facebook/Reprodução)

Depois de ter a prisão domiciliar negada e temendo uma transferência por ter direito à cela especial, por meio da defesa, a professora Regiane Marcondes Machado, presa há 10 meses pela morte da funcionária pública Nathália Alves Corrêa Baptista, 27 anos, avisou à Justiça que deseja ficar no Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande. A detenta não quer sair nem para as audiências. Por isso, o advogado dela, Luciano Caldas dos Santos pediu que a participação da cliente seja por meio de videoconferência.

A defesa usou o argumento de que na ausência de cela especial para quem tem curso superior nos presídios femininos de Mato Grosso do Sul, a cliente passasse a responder em prisão domiciliar. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) foi contra e em março deste ano, a Justiça negou.

No começo de junho, o juiz Jorge Tadashi Kuramoto, da Vara Única de Porto Murtinho, oficiou a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), e dias depois, a defesa se manifestou, informou que diante da negativa, a professa preferia permanecer onde estava.

Segundo o advogado, Regiane está trabalhando desde janeiro no setor de artesanato e está socializada com as outras presas.

José Romero também está na cadeia (Foto: Direto das Ruas)
José Romero também está na cadeia (Foto: Direto das Ruas)

Bárbaro - Nathália Alves Corrêa Baptista foi morta e teve o corpo incinerado, com as cinzas jogadas no Rio Paraguai. O crime aconteceu entre a noite do dia 15 e a madrugada de 16 de julho do ano passado.

Tanto a professora presa quanto a vítima mantinham relacionamento amoroso com José Romero, de 37 anos, que era gerente de pousada em Porto Murtinho. Conforme a versão de Regiane, Nathália foi dopada e morta a golpes de barra de ferro pelo homem, como "prova de amor".

Em depoimento a policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), no dia 30 de agosto do ano passado, Regiane contou que brigou com Romero porque pegou o amante com Nathália. Naquele dia, ele garantiu a ela que provaria o quanto a amava.

Segundo a acusada, quem matou a servidora foi Romero. Ela alega que apenas ajudou o amante a carregar o corpo do quarto da pousada onde a vítima foi dopada e morta até uma caminhonete Chevrolet S10.

Mas, conforme a denúncia, o casal atraiu a vítima até o local e após o crime, os dois queimaram o corpo de Nathália na churrasqueira de uma casa localizada na Rua General Osório, com a finalidade de ocultá-lo. Os dois alimentaram o fogo com carvão durante toda a madrugada do dia 16.

Depois disso, ela ainda ajudou o amante a juntar os restos mortais da vítima numa caixa e colocar num latão de lixo. O colchão onde ocorreu o crime, os objetos da vítima e os restos mortais foram jogados no Rio Paraguai. Romero também está preso.

Nos siga no Google Notícias