“Realmente é algo diferente”, diz secretário sobre chacina na fronteira
Mesmo acostumados com a rotina de mortes , episódio deixou a população em alerta
O ataque de pistoleiros a um salão de festas em Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande, ocorrido noite de ontem (5), que resultou na morte de quatro homens e deixou outro ferido chamou a atenção da população e das forças de segurança pública da região de fronteira.
Mesmo que “acostumados” com episódios de violência, o secretário municipal de segurança pública, Marcelino Nunes, afirmou que a forma em que o ataque aconteceu é algo incomum na região.
“Assassinatos como este realmente é algo diferente, apesar de sermos de cidade de fronteira, atos como esse ocorrem do outro lado do Paraguai, mas quatro homicídios em um local onde estava acontecendo um evento, com pessoas utilizando fardamento militar tático, chegando na festa e separando um grupo para fazer as execuções realmente preocupa as autoridades do município de Ponta Porã”, declarou o secretário em vídeo.
O crime ainda segue sem evidências, apenas caminhonete Volkswagen Amarok de cor branca foi encontrada queimada no rodoanel da cidade. A suspeita é que de que o veículo seja o mesmo usado pelos pistoleiros durante a chacina na linha internacional.
“A Polícia Civil que é especializada em fazer as investigações está fazendo seu trabalho e vai chegar a um resultado que a população de Ponta Porã precisa. Temos que se indignar com esse tipo de crime que mexe com a toda a sociedade”, finalizou o secretário.
O “banho de sangue” ocorreu no espaço de eventos “Lazer Fênix”, localizado na Avenida Belmiro de Albuquerque esquina com Pedro Ângelo da Rosa, no Bairro Residencial Ponta Porã. No local, havia uma festa de aniversário.
Três homens usando roupas camufladas desceram da caminhonete e atiraram em cinco frequentadores da festa. Morreram Geovani Souza da Silva, 29, Josimar Cáceres de Oliveira, 31, Luis Vareiro, 27, e Venâncio Cabreira, 39. Salim Habib Ramos Almeida Lopes, 28, ficou ferido e está hospitalizado.