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Interior

Rejeitado, homem sequestra e mata adolescente com 40 facadas

Crime ocorreu neste sábado em Dourados; depois de cometer o crime, homem se entregou à polícia

Helio de Freitas, de Dourados | 30/10/2021 12:52
Ramon Bolivar confessou o crime; "a gente nao estava se dando muito bem" (Foto: Adilson Domingos)
Ramon Bolivar confessou o crime; "a gente nao estava se dando muito bem" (Foto: Adilson Domingos)

Homem de 21 anos sequestrou e matou uma adolescente na manhã deste sábado (30) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. De nacionalidade venezuelana, Ramon Maximiliano Villarroel Bolivar cometeu o crime para castigar a família da vítima que não o aceitava como namorado de Keilyn Nelibeth Vilassana Arteca, também vinda da Venezuela para morar em Dourados.

Depois de esfaquear Keilyn com pelo menos 40 golpes em várias partes do corpo, ele tirou foto dela morta e mandou para a mãe da adolescente.

O criminoso deixou o corpo sobre o colchão da casa onde mora e a faca do lado. Depois seguiu até o posto da Polícia Militar na Avenida Marcelino Pires, na área central da cidade, confessou que tinha matado a mulher e foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).

Faca usada no crime foi deixada ao lado do corpo (Foto: Adilson Domingos)
Faca usada no crime foi deixada ao lado do corpo (Foto: Adilson Domingos)

Sequestro e morte – Segundo familiares de Keilyn, por ser rejeitado pela família da vítima, o criminoso foi na manhã deste sábado até a casa onde a adolescente morava com os pais, no Jardim Paulista, e a levou à força até a Vila Rosa, na região norte da cidade.

No quarto decorado com balões vermelhos, ele a matou com um dezenas de golpes de faca no pescoço. Na cena do crime havia manchas de sangue até nas paredes.

Na delegacia, em entrevista transmitida ao vivo no Facebook pelo repórter Adilson Domingos, Ramon Bolivar contou que conhecia Keilyn quando ainda moravam na Venezuela e que os dois estavam namorando escondido da família da menina há um ano.

Ele negou que tenha sequestrado a vítima e alega que a adolescente foi por vontade própria até a casa dele. Ramon alega não ter planejado o assassinato e que o crime aconteceu durante briga do casal. “Falei para ela ir lá em casa para a gente conversar. A gente já não estava se dando muito bem. Saiu do controle”, afirmou.

Ramon admitiu que a mãe de Keilyn não aceitava o namoro dos dois. A menina morava com a mãe e o padrasto. O pai dela permanece na Venezuela. Perguntado se sabia quantas facadas tinha desferido em Keilyn, Ramon respondeu: “não saberia dizer”.

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