Ruiter reclama de acusações e nega irregularidades em Corumbá
O prefeito também disse que pretende devolver a administração do Hospital da Caridade, pivô das investigações
Durante entrevista coletiva concedida hoje (1) em Corumbá, o prefeito da cidade, Ruiter Cunha (PT), negou a existência de irregularidades na administração municipal, que é alvo de investigações da Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria Geral da União (CGU) na operação Decoada, que já prendeu quatro pessoas.
Segundo Ruiter, vários casos apontados como fraudes licitatórias e desvio de verbas pela CGU já foram rebatidos e esclarecidos pelos técnicos da prefeitura de Corumbá. “Não dá para falar que A, B ou C cometeu qualquer tipo de delito. Não dá para ser sustentada assim”, declarou Ruiter ao questionar as prisões e acusações feitas a servidores e ex-funcionários.
A operação Decoada começou na quinta-feira (31), em Corumbá e Ladário, sendo temporariamente presos dois secretários, uma assessora e o ex-funcionário e representante da prefeitura de Corumbá em Campo Grande, Carlinhos Porto.
Oito servidores municipais foram afastados das funções, além de que 36 mandados de busca e apreensão e 28 de condução coercitiva apreenderam em prédios públicos e em residências de servidores e fornecedores documentos e computadores.
O prefeito Ruiter disse que vai aguardar a conclusão das investigações da operação Decoada para que providências por parte da administração municipal sejam tomadas.
Hospital da Caridade - Conforme o prefeito, o município pode devolver a administração do Hospital da Caridade, um dos pivôs da investigação, à Sociedade Beneficente. Ele afirma que as dívidas do estabelecimento foram sanadas e foram feitos investimentos em estrutura durante a administração, rechaçando as acusações de desvio de verbas do hospital.
Ele ainda reclamou que mesmo após todos os benefícios proporcionados com a reestruturação do local, ainda assim há suspeitas de autoridades judiciais de que a população esteja sendo prejudicada com irregularidades, sendo esse o motivo para a possível devolução do hospital.