Secretário denuncia ter sido ameaçado por pai de vereador acusado de assédio
José Jorge Filho registrou boletim de ocorrência contra Archimedes Ferrinho, pai do vereador Maurício Lemes, acusado segunda-feira de apalpar uma colega de Legislativo
O escândalo envolvendo um vereador acusado de assediar uma colega de Legislativo na noite de segunda-feira ganhou mais um capítulo ontem e mais uma vez foi parar na delegacia da Polícia Civil em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
José Jorge Filho, o Zito, registrou um boletim de ocorrência ontem à tarde, denunciando por ameaça o ex-presidente da Câmara Archimedes Lemes Soares, o Ferrinho.
Pai do vereador Maurício Lemes Soares (PSB), que foi acusado de apalpar as nádegas da vereadora Virgínia Magrini (PP) na sessão de segunda-feira, Ferrinho teria ameaçado agredir o secretário de Governo por culpá-lo pelo “vazamento” do episódio à imprensa.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia de Polícia de Dourados, no final da tarde de terça-feira, Archimedes Lemes Soares, de 66 anos, que presidiu a Câmara de Dourados no início da década de 90, teria ligado no celular de José Jorge Filho e prometido lhe aplicar uma surra quando chegasse à cidade. Ele estaria na Bahia. Zito tem 61 anos de idade.
Maurício Lemes, acusado pela vereadora Virgínia Magrini de passar a mão em suas nádegas na sessão de segunda-feira à noite, é da base aliada e companheiro de partido do prefeito Murilo Zauith (PSB). Entretanto, o vereador e o secretário de Governo são desafetos.
Não conhece – Archimedes Ferrinho disse ao site Dourados News que nem sequer conhece o secretário de Governo e que não teria nada a declarar sobre a denúncia de ameaça.
A presidência da Câmara de Dourados ainda não se pronunciou sobre a denúncia de assédio, feita por Virgínia Magrini contra Maurício Lemes. Também não houve até agora nenhuma manifestação por parte da Comissão de Ética e Decoro, informada sobre o episódio ainda na sessão de segunda-feira.
Foi brincadeira – Maurício Lemes, que no mesmo dia do ocorrido pediu desculpas para a colega de Legislativo, afirma que foi apenas uma “brincadeira” e que a intenção era cutucar as costas de Virgínia. Já a vereadora afirma ter sido apalpada nas nádegas e na denúncia que fez à Delegacia da Mulher citou três assessoras como testemunhas.