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Interior

Sem viatura, PMA não consegue realizar resgate de capivara machucada

Fernanda Yafusso | 27/10/2016 18:53
Capivara "bebê" apareceu machucada e moradora pediu ajuda, mas não apareceu (Foto: Direto das Ruas)
Capivara "bebê" apareceu machucada e moradora pediu ajuda, mas não apareceu (Foto: Direto das Ruas)
Animal ficou deitado em terreno vizinho embaixo de uma garoa fina (Foto: Direto das Ruas)
Animal ficou deitado em terreno vizinho embaixo de uma garoa fina (Foto: Direto das Ruas)
Indignação dos moradores foi divulgada na rede social Facebook (Foto: Reprodução Facebook)
Indignação dos moradores foi divulgada na rede social Facebook (Foto: Reprodução Facebook)

Uma capivara "bebê" apareceu machucada na residência de uma moradora do bairro Santa Teresinha em Aquidauana, município distante 135 km de Campo Grande, na noite de ontem (26).

A moradora tirou foto do animal machucado e divulgou em um grupo do WhatsApp. Porém, segundo relatos dos moradores na rede social Facebook, o animal não foi resgatado após o pedido de ajuda e desapareceu.

A imagem com a história foi divulgada nesta quinta-feira (27), em uma página na rede social Facebook, e relatava que moradores da região acionaram a PMA (Polícia Militar Ambiental) de Aquidauana para realizar o resgate.

Na postagem o relato é que o animal silvestre estava machucado e "pedia ajuda". Porém, segundo os moradores, a polícia ambiental atendeu o chamado somente uma hora após o fato ter sido comunicado. Com a demora o animal acabou indo embora e não foi mais encontrado.

A moradora, que pediu para não ter sua identidade revelada, contou ao Campo Grande News que o animal apareceu na frente de sua casa no início da noite e que os policiais ambientais alegaram que não poderiam atender a ocorrência naquele momento por falta de viatura.

"A capivara chegou aqui mancando, uma das patas estava inchada. As feridas em cima das costas estavam aparentemente cicatrizando, mas em alguns pontos as feridas estavam ainda em carne viva".

Segundo a moradora, quando ela se aproximou do animal ele permaneceu parado e não tentou fugir, como geralmente acontece. No momento garoava na cidade e a capivara, após "pedir ajuda" foi até um terreno vizinho, deitou e depois de algum tempo desapareceu. 

"Quando é um gato ou cachorro até dá para alimentar e cuidar, mas ela é um animal silvestre e eu não poderia fazer nada. Por isso chamei os policiais ambientais. E ela parecia bem assustada, ficou quieta, encolhida e parecia estar sentindo dor. Infelizmente aqui na cidade vemos uma carência em relação à preservação animal. Não vemos projetos voltados para essa área. A cidade está abandonada completamente".

De acordo com o major Queiroz, da PMA (Polícia Militar Ambiental), o trabalho básico da guarnição é preventivo.

"Nós mantemos os policiais nos campos e rios para que os crimes ambientais não ocorram. O trabalho de captura de animais é de responsabilidade da prefeitura do município. E não só a PMA deve realizar ações voltadas à preservação do meio ambiente, a prefeitura também precisa ser nossa parceira. E isso só ocorre quando a prefeitura realiza uma capacitação de funcionários, orientação e um preparo maior para poder cobrir todas as questões ambientais que surgem"

Ainda segundo o major, há 30 anos o trabalho de captura dos animais silvestres é realizado pela ambiental porque a população acredita nas ações da guarnição. Porém a responsabilidade principal para realizar o recolhimento e encaminhamento dos animais silvestres, é da prefeitura.

"A área de Aquidauana é extensa e em muitos casos precisamos resgatar animais em Ribas do Rio Pardo e Terenos, por exemplo, e não conseguimos. Mesmo tentando ajudar, em muitas vezes a população não compreende".

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