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Interior

Sérgio Moro prorroga permanência da Força Nacional em Caarapó

Permanência foi prorrogada para coibir conflitos agrários e, em toda extensão da faixa de fronteira, no combate ao narcotráfico

Silvia Frias | 09/01/2019 08:54
Policiais em fazenda onde ocorreu tentativa de ocupação, em Caarapó (Foto: Divulgação/PM)
Policiais em fazenda onde ocorreu tentativa de ocupação, em Caarapó (Foto: Divulgação/PM)

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, prorrogou por mais 90 dias a permanência da Força Nacional na faixa de fronteira do país com Bolívia e Paraguai e, especificamente, em Caarapó para reprimir conflitos agrários.

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União e entra em vigor a partir de hoje, atendendo solicitação do governo de MS.

Os integrantes da Força Nacional, segundo Moro, vão agir para coibir violência relacionada a questões fundiárias em Caarapó e para combater tráfico de drogas e contrabando de armas e munições, neste caso, em “caráter episódico e planejado”.

O contingente a ser designado obedecerá planejamento definido pelo Ministério da Justiça. O prazo poderá ser prorrogado, se solicitado.

Conflito
Em Caarapó, o conflito entre índios da etnia Guarani Kaiowá foi acirrado a partir de junho de 2016, depois do estudo de identificação e delimitação assinado em maio pelo então governo Dilma Rousseff.

Índios da aldeia Tey Kuê decidiram entrar na Fazenda Yvu. Na ação, seis índios foram feridos a tiros e o agente de saúde Clodioude de Souza morreu, atingido por cinco disparos.

Nos dias seguintes ao ataque dos fazendeiros, oito propriedades rurais arredores da aldeia foram ocupadas e os índios permanecem nas terras.

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