Sérgio Moro prorroga permanência da Força Nacional em Caarapó
Permanência foi prorrogada para coibir conflitos agrários e, em toda extensão da faixa de fronteira, no combate ao narcotráfico
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, prorrogou por mais 90 dias a permanência da Força Nacional na faixa de fronteira do país com Bolívia e Paraguai e, especificamente, em Caarapó para reprimir conflitos agrários.
A portaria foi publicada no Diário Oficial da União e entra em vigor a partir de hoje, atendendo solicitação do governo de MS.
Os integrantes da Força Nacional, segundo Moro, vão agir para coibir violência relacionada a questões fundiárias em Caarapó e para combater tráfico de drogas e contrabando de armas e munições, neste caso, em “caráter episódico e planejado”.
O contingente a ser designado obedecerá planejamento definido pelo Ministério da Justiça. O prazo poderá ser prorrogado, se solicitado.
Conflito
Em Caarapó, o conflito entre índios da etnia Guarani Kaiowá foi acirrado a partir de junho de 2016, depois do estudo de identificação e delimitação assinado em maio pelo então governo Dilma Rousseff.
Índios da aldeia Tey Kuê decidiram entrar na Fazenda Yvu. Na ação, seis índios foram feridos a tiros e o agente de saúde Clodioude de Souza morreu, atingido por cinco disparos.
Nos dias seguintes ao ataque dos fazendeiros, oito propriedades rurais arredores da aldeia foram ocupadas e os índios permanecem nas terras.