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Interior

Sesai aciona PF, promete médico para comunidade e índios liberam reféns

Caroline Maldonado | 04/03/2016 07:11
Técnico da Sesai conversou com as lideranças e prometeu a nomeação de um médico para atender a comunidade (Foto: Direto das Ruas)
Técnico da Sesai conversou com as lideranças e prometeu a nomeação de um médico para atender a comunidade (Foto: Direto das Ruas)

O protesto dos índios Terena da região de Nioaque, a 179 quilômetros de Campo Grande, mobilizou a Polícia Federal e terminou, na tarde de ontem (3), com a liberação dos quatro funcionários da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que foram mantidos reféns desde a tarde de quarta-feira (2).

As lideranças afirmavam que o único médico que atendia a comunidade foi exonerado, depois de reclamar da falta de recursos para trabalhar.

O coordenador do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), Hilário da Silva, não esteve no local, conforme pediram os manifestantes, mas um técnico do órgão conversou com as lideranças e prometeu a nomeação de um médico para atender a aldeia.

Hilário foi até o município de Nioaque, mas permaneceu lá por recomendação dos policiais. A princípio, a ideia era uma reunião com as lideranças na cidade, mas os caciques se recusaram a ir até lá. A equipe de Aquidauana levou um médico, que fez atendimento durante a tarde e prometeu enviar outro, o mais breve possível.

Durante o protesto, foram mantidos reféns um engenheiro eletricista, uma engenheira civil, um biólogo, que foram até o local pra fazer a manutenção do abastecimento de água, além do motorista. Liberados, eles procuraram a polícia e registraram boletim de ocorrência de sequestro e cárcere privado.

Os profissionais contaram que foi permitido avisar a família de que estavam detidos pelos índios. Os caciques avisaram que eles ficariam no Centro Comunitário da aldeia, mas os funcionários da Sesai se recusaram a ir, por não conhecerem o local. Então, eles ficaram no abrigo de quadro de comando do abastecimento de água, onde passaram a noite de quarta para quinta-feira (3), exceto o motorista, que dormiu na caminhonete. Os reféns reclamaram que o local era pequeno, fechado e não havia banheiro; além do forte cheiro de produto químico.

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