Sete são presos por duplo homicídio em “tribunal do crime”
Quatro homens e duas mulheres foram presos em quitinete em Dourados e 7º envolvido foi preso em Itaporã
Cinco homens e duas mulheres estão presos em Dourados (a 251 km de Campo Grande) pelo assassinato de José da Silva Câmara, 23, e Caio Henrique de Oliveira, 21, vítimas do chamado “tribunal do crime”.
Os dois amigos foram sequestrados sexta-feira (23) no residencial Estrela Porã, na região oeste de Dourados, e os corpos encontrados hoje à tarde em uma cova rasa na matinha ao lado da BR-463, na saída de Dourados para Ponta Porã.
Estão presos Douglas Alves Cardoso, 23, Leonardo Silva Zengo, 20, Henrique José Jara do Carmo, 27, Bruno da Silva Gentil, 23, Luiz Fernando Escobar Kunyoshi, 22, Larissa Michele Farias de Matos, 27, e Laura Negrão de Assis, 24.
Um dos envolvidos foi preso em Itaporã. Os outros quatro homens e as duas mulheres estavam em conjunto de quitinetes localizado na Rua Adroaldo Pizzini, no Jardim São Paulo (região sul de Dourados).
Nas quitinetes, os policiais civis do SIG (Setor de Investigações Gerais) apreenderam um revólver calibre 357, munições e droga. Segundo o delegado Erasmo Cubas, responsável pelas investigações, os sete possuem envolvimento direto no duplo assassinato.
Todos estão sendo autuados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáveres. Os seis flagrados nas quitinetes, também vão responder por tráfico de drogas e posse irregular de arma.
Os corpos ainda serão periciados, mas os investigadores acreditam que os dois rapazes tenham sido executados a tiros entre sábado e domingo de Natal e os corpos enterrados na cova rasa.
Conforme o delegado, os amigos foram vítimas do chamado “tribunal do crime”, procedimento adotado por facções criminosas para julgar e condenar os inimigos. Entretanto, a polícia ainda apura qual teria sido o motivo da sentença de morte.
Sequestrados no Estrela Porã, José da Silva Câmara e Caio Henrique de Oliveira foram levados para uma casa no Jardim Clímax, onde foram submetidos ao julgamento. Foto que chegou ao conhecimento da polícia mostrava os dois com as mãos amarradas e sentados no piso de um cômodo.