ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
JANEIRO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 24º

Interior

Sobrinho e comparsa são julgados por assassinato de caminhoneiro em 2021

Veríssimo dos Santos foi espancado, enforcado e morto a tiros; família protesta durante júri em Dourados

Por Helio de Freitas, de Dourados | 10/12/2024 09:26
Sobrinho e comparsa são julgados por assassinato de caminhoneiro em 2021
Sauro (de branco) e Gustavo (de vermelho) durante julgamento nesta terça (Foto: Leandro Holsbach)

Dois acusados pelo assassinato do caminhoneiro Veríssimo Coelho dos Santos, 61, ocorrido em abril de 2021, estão sendo julgados nesta terça-feira (10) em Dourados, a 251 km de Campo Grande. Familiares da vítima protestaram em frente ao Fórum antes de o júri começar.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Em Dourados (MS), Sauro Henrique Teixeira da Silva e Gustavo Rodrigues de Souza são julgados pelo assassinato do caminhoneiro Veríssimo Coelho dos Santos em abril de 2021. Sauro, sobrinho-neto da vítima, planejou o crime devido a desentendimentos financeiros envolvendo uma carreta. Ele enforcou, sufocou e espancou Veríssimo, auxiliado por Gustavo, que descarregou 18 tiros na vítima já morta. O crime teria sido motivado pela vontade de Sauro de ficar com a carreta do tio-avô, após este pressioná-lo a transportar drogas.

No banco dos réus estão o sobrinho-neto da vítima, Sauro Henrique Teixeira da Silva, 31, e o comparsa dele no crime, Gustavo Rodrigues de Souza, 22, o “Gustavo Guerreiro”. O caseiro da chácara onde ocorreu o crime chegou a ser preso na época, ficou três meses recolhido, mas foi solto por habeas corpus do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e excluído da lista de réus. O processo tramitou em sigilo.

Veríssimo foi encontrado morto dentro de sua caminhonete Silverado em uma estrada de terra ao lado de condomínio fechado, perto da BR-163, na região sul da cidade. De acordo com a investigação da Polícia Civil, o caminhoneiro foi enforcado com uma corda, sufocado com a capa de sofá e depois espancado com barra de ferro por Sauro Henrique.

Já morto, Veríssimo foi colocado no banco do carona da caminhonete e levado até a estrada sem saída nos fundos do condomínio. Antes de abandonar o corpo do parente, de quem era sócio nos negócios de frete, Sauro mandou Gustavo descarregar a pistola 380 na direção da caminhonete e do cadáver. Foram 18 tiros disparados.

Em depoimento na fase de inquérito, Gustavo contou que duas semanas antes do crime, Sauro comprou a pistola e pediu que ele escondesse em casa. Segundo ele, Sauro já planejava matar o tio-avô por desentendimentos relacionados a negócios.

Veríssimo estaria pressionando Sauro para que ele aceitasse transportar drogas na carreta bitrem que o caminhoneiro havia passado para o nome do sobrinho, meses antes. Sauro teria planejado matar o parente para ficar com a carreta. Ele alegou ter pago R$ 280 mil no veículo, mas não havia registro da venda, tampouco comprovante de pagamento.

Gustavo disse que, na noite do crime, Sauro enviou mensagem mandando que fosse até a chácara com a pistola. Gustavo alega ter ignorado a mensagem, mas Sauro teria mandado o caseiro de carro até a casa dele para levá-lo.

Ainda segundo o depoimento de Gustavo, ao chegar à chácara, encontrou Veríssimo agonizando. Em seguida, a vítima começou a acordar e foi agredida na cabeça com a barra de ferro. O caminhoneiro desmaiou, mas acordou minutos depois e foi sufocado por Sauro com a capa do sofá.

Antes de ser colocado no banco da caminhonete, Veríssimo acordou de novo e mais uma vez foi golpeado pelo sobrinho com a barra de ferro. Quando chegaram ao local onde a Silverado foi abandonada, Veríssimo já estava morto, segundo Gustavo.

Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.


Nos siga no Google Notícias