Tecnologia e trabalho noturno ajudam a diminuir focos de incêndio no Pantanal
Incêndio começou há 4 dias e tem avançado com velocidade devido às altas temperaturas
Com o avanço do incêndio que atinge a região do Pantanal, desde sexta-feira (15), brigadistas estão atuando no período noturno para evitar que as chamas avancem pela área. Durante o trabalho, os profissionais encontraram animais tentando fugir do fogo.
As equipes que trabalhavam na recuperação de áreas até o meio da semana passada precisaram ser remanejadas para o foco das ações, com intuito de enfrentar os impactos diretos no fogo.
Em um vídeo divulgado pelos brigadistas, uma cobra foi filmada tentando fugir das chamas que consumiam a vegetação local. O trabalho intensificado tem tido resultado positivo e, nesta segunda-feira (18), o incêndio reduziu na região da Baía do Brás, no Alto Pantanal.
Também atuam nos trabalhos militares do Corpo de Bombeiros, brigadistas do Prev Fogo, do ICMBio-Parque Nacional do Pantanal, além das equipes mantidas pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro).
Tecnologia como aliada – Para ajudar os brigadistas que atuam no trabalho das ações de frente, o Estado tem utilizado o apoio de diversas tecnologias que contribuem com resposta rápida e efetiva extinção dos focos na área.
“Mato Grosso do Sul é exemplo de resposta e tecnologia aplicada, com disponibilidade de equipamentos, treinamento e atuação dos bombeiros. E tudo já está empenhado para o ano que vem. É muito melhor do que foi disponibilizado em 2020, que foi um aprendizado para todos”, disse Alexandre Bossi, presidente da SOS Pantanal, ONG (Organização Não Governamental) que atua na preservação do bioma.
Em 2023, foram disponibilizadas aeronaves específicas para atuar em diferentes ocasiões, dando apoio ao trabalho de combate às chamas. Duas delas, conhecidas como “air tractor”, conseguem transportar até 3 mil litros de água para áreas de difícil acesso.
“Mesmo com as chuvas, quando passa alguns dias sem precipitação, vem risco de incêndio. É o que está acontecendo agora, desde a semana passada estamos atuando em incêndios no Pantanal. Quando diminui as chuvas, aumenta risco de fogo, devido à biomassa acumulada. Por isso, mesmo com o início do período de chuvas, o combate continua”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental), que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado, e coordenadora da Operação Pantanal 2023.
Além dos aviões, drones e monitoramento via satélite também são aliados no combate ao incêndio.
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