Testemunha chave em caso Marielly não é localizada e audiência será em dezembro
Depoimento seria de testemunha que viu o aborto malsucedido ser realizado
Uma testemunha considerada “chave” no caso Marielly não compareceu à primeira audiência na Justiça, realizada nesta tarde no Fórum de Sidrolândia, município distante 71 quilômetros da Capital. A nova audiência foi marcada para o dia 5 de dezembro, onde cinco testemunhas serão ouvidas.
Nesta quinta-feira seriam ouvidas quatro testemunhas de acusação. Mas segundo o advogado do enfermeiro Jodimar Ximenes, acusado de praticar o aborto na jovem, David de Moura Olindo, a testemunha “chave” não foi localizada.
Ela seria a amiga de Jodimar e que teria visto o aborto malsucedido ser realizado. “Apareceram duas testemunhas mas não são de acusação, foram arroladas por terem problemas pessoais com ele”, justifica o advogado.
David de Moura Olindo ainda fala sobre o cunhado de Marielly que não compareceu à audiência.
“Ele se comprometeu com a Justiça para ser solto e na primeira audiência que teve ele não apareceu”, comentou o advogado de Jodimar.
Entre as testemunhas ouvidas na próxima audiência, David de Moura Olindo fala que estão um inspetor de polícia e um escrivão.
Caso Marielly - O fato ganhou repercussão em todo Mato Grosso do Sul. Marielly morreu durante um aborto malsucedido, que, segundo relatos de Hugleice e provas da investigação, foi feito por Jodimar, na casa dele, em Sidrolândia.
A morte aconteceu no dia 21 de maio, data em que ela foi vista pela última vez pela mãe, a qual mobilizou parentes, amigos, vizinhos, políticos e a opinião pública para encontrar a filha.
O corpo da universitária foi encontrado em 11 de junho em um matagal de Sidrolândia, em estado de decomposição. Em julho foi decretada a prisão de Hugleice, que até então negava qualquer envolvimento com o caso, e de Jodimar, que continua a alegar inocência.
Após dois dias na prisão, Hugleice, que é casado com a irmã de Marielly, confessou que teve relação sexual com a cunhada, que a levou para fazer aborto na casa de Jodimar, para quem pagou R$ 500.
Hugleice relatou ainda que enquanto esperava a jovem, o enfermeiro o contou sobre a morte e então os dois colocaram o corpo na caminhonete dele e o jogaram no matagal.
A Justiça concedeu liberdade a Hugleice em setembro e Jodimar continua preso.
De acordo com despacho da magistrada, ambos os réus já apresentaram defesa preliminar e discordaram das acusações relatadas na denúncia do MPE (Ministério Público Estadual).