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Interior

Tiroteio durou 20 minutos e polícia ainda caça suspeitos em mata

Pelo menos 25 bandidos estavam na casa cercada por policiais paraguaios; seis morreram, seis foram presos e 13 fugiram

Helio de Freitas, de Dourados | 01/05/2019 10:49
Policiais paraguaios com suspeitos presos nesta quarta-feira em “quartel do crime” na fronteira (Foto: Divulgação)
Policiais paraguaios com suspeitos presos nesta quarta-feira em “quartel do crime” na fronteira (Foto: Divulgação)

Durou pelo menos 20 minutos a troca de tiros entre agentes do Departamento de Combate ao Crime Organizado da Polícia Nacional e bandidos escondidos em uma casa na Colônia Piray, no departamento (equivalente a estado) de Amambay, no Paraguai.

Seis suspeitos morreram na troca de tiros, seis foram presos e pelo menos 13 estão sendo caçados em matas nos arredores. A troca de tiros continua, segundo policiais que fazem parte da força-tarefa. Mortos e presos ainda não foram identificados.

No grupo há mulheres, mas a polícia ainda não informou se elas apenas acompanhavam os bandidos ou faziam parte da quadrilha. Crianças também foram encontradas na casa.

O confronto ocorreu em uma casa na zona rural, a 50 quilômetros de Coronel Sapucaia (MS), cidade vizinha de Capitán Bado, no Paraguai, e distante 400 km de Campo Grande. A região é dominada por lavouras de maconha.

Segundo o serviço de inteligência da Polícia Nacional, que identificou a quadrilha, os bandidos são traficantes e sequestradores. Além de armamento pesado e muita munição, eles tinham roupas camufladas e coletes à prova de bala.

O promotor de Justiça Marcelo Pecci, que acompanha a operação, informou à imprensa paraguaia que a polícia chegou à quadrilha seguindo pistas de um aparente núcleo do Comando Vermelho, facção carioca que trava guerra com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e outros grupos menores pelo controle do tráfico de drogas e armas na fronteira.

Segundo o promotor, a quadrilha desmantelada hoje operava em Capitán Bado, uma das cidades mais violentas da faixa de fronteira. “É um grupo importante de Capitán Bado, de apoio ao Comando Vermelho no tráfico de drogas e de armas”, afirmou Marcelo Pecci.

O promotor disse que a propriedade onde a quadrilha estava escondida tinha até uma torre de segurança e um carro mantido a cem metros da casa com dois homens armados para repelir ataques. Entretanto, a polícia chegou ainda de madrugada e pegou todos de surpresa.

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