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Interior

TJ nega pedido do MP e mantém soltos policiais acusados matar ex-vereador

Os masgistrados entenderam que, em quatro meses, os acusados não descumpriram as medidas cautelares

Por Lucas Mamédio | 20/03/2025 16:13
TJ nega pedido do MP e mantém soltos policiais acusados matar ex-vereador
Bruno César está à esquerda e o Valdeci é direita (Foto: Redes Sociais)

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) negou, nesta quarta-feira (20), o pedido do Ministério Público Estadual (MPMS) para restabelecer a prisão preventiva dos policiais militares Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e Bruno César Malheiros dos Santos. Ambos são acusados do homicídio qualificado do ex-vereador e ex-secretário municipal Wander Alves Meleiro, conhecido como Dinho Vidal, ocorrido em maio de 2024, em Anastácio.

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A 1ª Câmara Criminal do TJMS negou o pedido do MPMS para restabelecer a prisão preventiva dos policiais Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e Bruno César Malheiros dos Santos, acusados de matar o ex-vereador Wander Meleiro. Os magistrados consideraram que os acusados, soltos há mais de quatro meses, não descumpriram medidas cautelares, não cometeram novos crimes e não intimidaram testemunhas. A defesa dos policiais, que alegam legítima defesa, celebrou a decisão. O caso segue para julgamento com os réus em liberdade.

Os magistrados entenderam que, após mais de quatro meses em liberdade, os acusados não descumpriram as medidas cautelares impostas pela Justiça, não cometeram novos crimes e não tentaram intimidar testemunhas. Para o tribunal, esses fatores afastam o argumento do MP de que a prisão seria necessária para garantir a ordem pública e a regularidade do processo.

Valdeci e Bruno foram presos preventivamente ainda na fase de investigação sob a acusação de matar Wander Meleiro a tiros, em um crime com suposta motivação política. Segundo o MP, os policiais atuavam como seguranças de um pré-candidato à Prefeitura de Anastácio e emboscaram a vítima na BR-262. A denúncia aponta qualificadoras como motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Apesar disso, em novembro do ano passado, a Justiça decidiu substituir a prisão preventiva por medidas cautelares, como a obrigação de manter o endereço atualizado. O MP recorreu da decisão, alegando que a soltura poderia comprometer o andamento do processo, mas o pedido foi negado pela 1ª Câmara Criminal do TJMS.

A defesa dos policiais celebrou a decisão e reafirmou confiança no Poder Judiciário. Em nota, os advogados dos réus afirmaram que "a decisão é acertada, pois não há elementos que justifiquem a prisão". Segundo eles, os acusados "agiram em legítima defesa e no estrito cumprimento do dever legal", e a expectativa é de absolvição ao final do processo.

Com o desfecho do recurso, os policiais seguem respondendo ao processo em liberdade, enquanto o caso avança para a fase de julgamento.

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