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Torcida rebate com racismo fala homofóbica de estudante durante jogo de futsal

Falas foram registradas na súmula da partida dos Jogos Estudantis; pai registrou boletim de ocorrência

Por Clara Farias | 05/04/2024 12:53
Anotação na súmula do jogo sobre caso de racismo e homofobia (Foto: Direto das Ruas)
Anotação na súmula do jogo sobre caso de racismo e homofobia (Foto: Direto das Ruas)

Torcida rebateu fala homofóbica de jogador com racismo em quadra de futsal durante os Jogos Estudantis. As falas foram registradas na súmula da partida que ocorreu em 27 de março, mas caso veio à tona nesta semana. O pai do adolescente que sofreu racismo registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Miranda.

O caso aconteceu em um jogo envolvendo times das escolas estaduais Carmelita Canale e Caetano Pinto, no Ginásio Poliesportivo Guilherme Maidana. Conforme a súmula da partida, o adolescente, de 16 anos, estava jogando quando aos 12 minutos do segundo tempo se dirigiu a um torcedor da equipe adversária dizendo "você gosta de dar o c*, sua bichinha".

Ainda segundo o documento, faltando 39 segundos para o final do jogo, o atleta novamente volta a ofender à torcida, que revida o chamando de "macaco". De acordo com o documento, a torcida arremessou objetos na quadra.

Relatório - O relatório feito pela Escola Estadual Caetano Pinto diz que quando o atleta, que teria sofrido racismo, marcou o primeiro gol ele teria se dirigido à torcida e feito um gesto com dedo na boca pedindo que a torcida ficasse quieta. O árbitro puniu o jogador com cartão amarelo.

O jogo então continuou e após a equipe da Caetano Pinto virar o jogo para cinco a três, a torcida provocou o atleta. O relatório não informa qual tipo de provocação aconteceu. Quando o atleta marcou um outro gol, se dirigiu até um torcedor "proferindo ofensas, na qual o mesmo revidou à altura", explica. Após a discussão, o árbitro deu cartão amarelo e vermelho para o jogador, expulsando ele.

Após a expulsão, o atleta teria denunciado que sofreu racismo por parte do torcedor. Segundo o documento, o diretor teria negado que isso ocorreu. O atleta então se negou a sair da quadra. Ainda conforme o registro, o diretor retirou o estudante que teria sido racista da quadra com medo de que ele fosse linchado em público.

A partida só retornou às 23h e o boletim de ocorrência foi registrado no dia 1° de abril. O Campo Grande News tentou contato a Secretaria Estadual de Educação e também com a Polícia Civil, mas não recebeu retorno até a publicação do material. O espaço segue aberto.

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