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Interior

Traficante preso em 2018 usava família como "laranja" na lavagem de dinheiro

Dois familiares de Jorge Luís da Silva, o "Bolão", seriam os "laranjas" em areeiro de Corumbá, usado na lavagem de dinheiro

Silvia Frias | 02/12/2020 12:08
Traficante preso em 2018 usava família como "laranja" na lavagem de dinheiro
Jorge Luís da Silva, o "Bolão", foi entregue pela polícia da Bolívia em agosto de 2018 (Foto/Divulgação/PF)

Dois familiares de Jorge Luiz da Silva, o “Bolão”, estão entre os presos da Operação Areia Branca, deflagrada pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Eles eram “laranjas” e constavam como responsáveis pelo areeiro usado na lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional.

A Operação Areia Branca foi deflagrada pela Polícia Federal de Corumbá. O delegado Alan Givigi disse que todos os mandados foram cumpridos: 5 de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão em Corumbá, Campo Grande, Vitória (ES),
 Serra (ES) e Itapemirim (ES).

Dos 5 mandados de prisão, dois são de familiares de “Bolão”, que constavam dono de areeiro. A empresa era usada no esquema de lavagem de dinheiro, pelo menos desde 2017.

Além dos mandados expedidos pela 5ª Vara Federal, também houve um flagrante por porte ilegal de arma e apreensão de quatro armas, além de documentos e um carro em um dos endereços listados na operação. No Espírito Santo, foram confiscados R$ 38 mil em dinheiro.

Traficante preso em 2018 usava família como "laranja" na lavagem de dinheiro
Armas apreendidas em Corumbá (Foto/Divulgação)

Na divulgação da operação, a PF informou que a investigação começou em 2018, depois que a polícia recebeu informações sobre a atuação de um dos seis narcotraficantes mais procurados do Brasil à época. O homem, identificado como sendo Jorge Luiz da Silva, o “Bolão”, foi preso no dia 14 de agosto daquele ano, em operação conjunta das polícias da Bolívia e do Brasil.

O narcotraficante estava foragido da Justiça desde condenação de 28 anos, 4  meses e 15 dias por tráfico de drogas e financiamento ao crime, em sentença expedida pela 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande.

A mulher dele, Letícia Ferreira Riquelme, foi presa no dia 26 de novembro de 2018, em Corumbá, em cumprimento de mandado de prisão.

A investigação chegou a dois grandes carregamentos interceptados em 2017 e 2018, em Viana (ES) e Carauri (AM). Juntas, as cargas totalizaram 987 quilos de cocaína, uma delas, avaliada em R$ 22,5 milhões.

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