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Interior

Três acusados de assassinato em tribunal do crime na cadeia são condenados

Os réus Arison Rodrigo Moreira, Fabrício Cássio Vitória e Igor de Souza Alves foram condenados a mais de 40 anos de prisão

Viviane Oliveira | 07/06/2019 08:15
José Leandro Carvalho de Jesus foi assassinado na cadeia durante banho de sol (Foto: reprodução / JP News)
José Leandro Carvalho de Jesus foi assassinado na cadeia durante banho de sol (Foto: reprodução / JP News)

Três dos nove integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) acusados de matar na cadeia José Leandro Carvalho de Jesus, 18 anos, foram julgados nesta quinta-feira (6) por participação no assassinato do preso José Leandro Carvalho de Jesus, 18 anos, no dia 30 de abril de 2015, numa das celas do Estabelecimento Penal de Segurança Média de Três Lagoas, distante 338 quilômetros de Campo Grande.

Os réus Arison Rodrigo Moreira, Fabrício Cássio Vitória e Igor de Souza Alves foram condenados a mais de 40 anos de prisão em regime fechado.

Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima foi asfixiada depois de ser condenada a morte pelo tribunal do crime feito por teleconferência pelos membros da organização criminosa, que atua dentro e fora dos presídios.

O crime aconteceu após uma ordem vinda da principal liderança da facção criminosa que cumpre pena no Estado de São Paulo, em retaliação a morte de Maísa Martins, 13 anos, sobrinha de Fernando Barrinha Antonácio, um dos integrantes da facção. José junto com garoto de 16 anos participou de uma tentativa de roubo, que terminou com a morte da garota. O adolescente foi quem atirou, segundo apontou a investigação na época.

Além de Arison, Fabrício e Igor, vão a julgamento Fernando Barrinha Antonácio (parente de Maísa), Éverton Rodrigues de Queiroz, Maicron Selmo dos Santos, Matheus Alves de Melo, Euclides Marcel Pires e Paulo César Pereira de Paula. Todos estão presos e respondem por vários crimes.

"Sentença" - Ainda conforme a denúncia, José foi comunicado de que o comando da facção havia decidido pela morte dele por causa do latrocínio. Foi ordenado, então, que o detento cometesse suicídio. Caso contrário seria morto pelo grupo. A vítima foi obrigada a tomar um coquetel conhecido no meio carcerário como "gatorade" - mistura de água com cocaína - para que a morte ocorresse por overdose. Como a droga era de qualidade inferior, a vítima começou a agonizar e não morria. Foi quando os integrantes da facção resolveram matar o rival por asfixia.

Roubo seguido de morte - Maísa foi atingida com tiro na cabeça durante tentativa de assalto praticado por José Leandro e um Adolescente, no Jardim Guanabara, em Três Lagoas, na noite do dia 5 de dezembro de 2014. 

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