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Saúde e Bem-Estar

Três Lagoas testa biolarvicida para combater doenças transmitidas pelo Aedes

Estratégia não causa impacto ambiental e ao ser humano, e pode complementar outros métodos antimosquito

Por Cassia Modena | 17/03/2025 07:39
Três Lagoas testa biolarvicida para combater doenças transmitidas pelo Aedes
Biolarvicida é pincelado em tecido preto de pote, onde mosquito poderá pousar (Foto: Reprodução/Ministério da Saúde)

SES (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Ministério da Saúde farão testes de biolarvicidas em Três Lagoas para combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

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Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, está testando um biolarvicida inovador para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. O método utiliza potes com tecidos pretos impregnados com a bactéria Bacillus thuringiensis israelensis (BTI), que mata larvas do mosquito. Quando os mosquitos pousam nesses potes, eles carregam o biolarvicida para outros criadouros, ampliando o alcance do combate. A técnica, já testada com sucesso em Recife e Belo Horizonte, não causa impacto ambiental e pode ser adotada em outras cidades se os resultados forem positivos.

Os testes consistem na instalação de potes cobertos com tecidos pretos impregnados com a bactéria Bacillus thuringiensis israelensis, também chamada de BTI.

Ao pousarem neles, os mosquitos adultos entram em contato com o microrganismo letal ao desenvolvimento de futuras larvas do Aedes aegypti.

Assim, a fêmea do Aedes que tiver pousado no pote, depositará ovos contendo o biolarvicida em outros criadouros, resultando em larvas que não vão sobreviver e chegar a transmitir doenças como a dengue, zika e chikungunya.

"O mosquito tem a capacidade de levar o biolarvicida para recipientes num raio de 150 metros a 300 metros. Isso potencializa o combate à dengue, pois conseguimos atingir criadouros que muitas vezes estão fora do alcance dos agentes de saúde", explica Mauro Lúcio Rosário, coordenador de controle de vetores da SES.

O teste é uma inovação para complementar outras estratégias de controle do mosquito já existentes. Recife (PE) e Belo Horizonte (MG) registraram boas experiências. Se os resultados também forem bons em Três Lagoas, outras cidades sul-mato-grossenses poderão adotar a ideia.

"Temos certeza de que essa será uma ferramenta essencial para melhorar o controle do mosquito e reduzir a incidência da dengue em Mato Grosso do Sul", espera o coordenador.

A principal diferença entre os biolarvicidas e outras estratégias, é a natureza biológica e não química da armadilha feita para o mosquito. A Fiocruz sustenta que o uso não oferece impacto ambiental ou ao ser humano.

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