TRF mantém decisão de leiloar 564 vacas e touros de fazenda de piloto do tráfico
Decisão mantém leilão de 432 vacas, 120 bezerras e 12 touros na fazenda em Goiás; piloto é veterano do narcotráfico
TRF (Tribunal Reginal Federal) da 3ª Região manteve decisão de leiloar 564 cabeças de gado apreendidas na Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Rubiataba (GO), de propriedade de piloto do narcotráfico Ilmar de Souza Chaves, o “Pixoxó”, “veterano” na atividade.
A decisão inicial é da juíza Carolline Scofield Amaral, da 1ª Vara Federal de Ponta Porã, relacionada com a Operação Cavok, deflagrada no dia 6 de agosto, que investiga crimes de organização criminosa, tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico transnacional de drogas.
Oficialmente, a propriedade está em nome das filhas de Ilmar Chaves, mas a investigação apurou que ele seria o proprietário. De acordo com a Polícia Federal, o piloto vivia como produtor rural Goiás, mas continuava no narcotráfico, transportando drogas por meio do Paraguai. A Justiça determinou o confisco de 432 vacas, 120 bezerras e 12 touros e leilão.
Ao analisar o pedido no TRF3, o relator André Custódio Nekatschalow disse que a necessidade da alienação antecipada das cabeças de gado foi justificada na decisão cautelar.
Segundo o magistrado, os documentos apresentados com o registro das cabeças de gado “não têm o condão de afastar a regularidade da apreensão dos bens, à consideração dos indícios de serem produto de crime ou de aquisição com recursos provenientes dos crimes investigados”.
“A necessidade da alienação antecipada das cabeças de gado foi plenamente justificada na decisão cautelar supramencionada (risco de deterioração e perda do valor econômico), as quais se encontravam no pasto, apreendidas em virtude do sequestro judicial da fazenda”. A decisão do dia 21 de outubro foi publicada no site do TRF3ª Região esta semana e ainda há data de realização do leilão.
Veterano a serviço do tráfico, Ilmar Souza Chaves tem passado ligado ao narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e ao ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul Sérgio Roberto de Carvalho, o “Major Carvalho”, condenado a 35 anos de prisão.