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Interior

Vendedora de cosméticos de 57 anos é mulher presa, após virar alvo da Interpol

Felipa Benitez Benitez foi presa pela Polícia Federal em sua casa, no Jardim Estoril, em Ponta Porã

Helio de Freitas, de Dourados | 31/03/2023 08:42
A paraguaia Felipa Benitez Benitez, presa ontem em Ponta Porã (Foto: Reprodução)
A paraguaia Felipa Benitez Benitez, presa ontem em Ponta Porã (Foto: Reprodução)

Foi identificada a paraguaia acusada de ligação com o tráfico internacional de armas e de drogas, presa pela Polícia Federal nesta quinta-feira (30) em Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande). Trata-se de Felipa Benitez Benitez, 57, moradora do Jardim Estoril, bairro da região norte da cidade.

A identidade dela foi confirmada ao Campo Grande News por fontes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai. A agência paraguaia, em conjunto com o Ministério Público daquele país, investigou e identificou a ligação de Felipa com o crime organizado.

Segundo a PF, ela atua como vendedora de cosméticos de porta em porta em Ponta Porã, mas em território paraguaio aparece como dona de empresa que movimentou quase R$ 150 milhões.

Felipa também mantinha ligação comercial com a Comtecpar S.A., empresa apontada como responsável em fornecer a metralhadora calibre 50, usada para matar o chefão do narcotráfico na fronteira, Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016.

Incluída na lista vermelha de procurados pela Interpol (polícia internacional), Felipa Benitez Benitez teve a prisão preventiva decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para fins de extradição, acusada de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Felipa foi presa pelos policiais federais quando saía de casa e ontem à tarde passou por audiência de custódia. Nos próximos dias, ela será extraditada para o Paraguai. Apesar de ser considerada “laranja” das organizações criminosas da fronteira, autoridades paraguaias consideram fundamental a prisão dela, para desmontar a rede de venda de drogas e armas, presente na linha internacional.

Empresa – Investigada desde 2016, a Comtecpar S.A. fornecia materiais e produtos ao governo paraguaio, bem como, importava e exportava armas e munições. A empresa já havia sido apontada como responsável por negócios ilegais com artefatos de guerra, como granadas e metralhadoras calibre 50.

Carlos Federico León Campos, dono da Comtecpar, foi investigado por fornecer a arma usada para perfurar a blindagem do utilitário Hummer, onde Rafaat estava quando foi executado. A Comtecpar também é acusada de fornecer arma para a maior facção criminosa do Brasil, o PCC (Primeiro Comando da Capital), que tem forte atuação no Paraguai.

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