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Cidades

Justiça manda despejar sem-terra de área em Batayporã

Redação | 16/04/2010 20:54

O dono da fazenda Primavera, em Batayporã, Antônio Carlos Cotrim de Moura Andrade, disse há pouco ao Campo Grande News que a Justiça deferiu o pedido para a reintegração de posse da área, invadida ontem por famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra). Ele também registrou boletim de ocorrência na PC (Polícia Civil) por esbulho possessório contra os sem-terra.

Conforme Antonio, agora a polícia espera autorização do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, para que possa "exercer seu direito de propriedade".

A propriedade tem 3 mil hectares e segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) é produtiva e não pode ser alvo de desapropriação, a menos que o proprietário tenha interesse de negociá-la com o governo federal. O resultado sobre a produtividade da área está em um laudo de vistoria recente, feito a partir de uma solicitação do MST.

Agora, com a ocupação, é que a área não poderá ser destinada à reforma agrária, porque desde 2000, áreas que são ocupadas ficam inabilitadas para este fim por dois anos.

Já segundo o MST, a estratégia é entrar em propriedades importantes, historicamente em impasse, para acelerar os assentamentos em outras áreas.

Cerca de 250 famílias ligadas ao MST invadiram a área, segundo a PM, que enviou ao local uma equipe para averiguar a situação. As famílias já estão montando barracas na fazenda. Elas são basicamente de Angélica e Batayporã e já estavam acampadas na região aguardando assentamento, à beira da estrada.

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