Laudo atesta que Zeolla tinha consciência de crime
Laudo elaborado a partir de perícias feitas por dois médicos psiquiatras atesta que o procurador afastado Carlos Alberto Zeolla tinha consciência de que estava praticando um crime, quando matou o tiro o sobrinho, Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, em março deste ano, em Campo Grande.
Segundo o advogado de Carlos Alberto, Ricardo Trad, o laudo diz que o procurador-afastado possui problemas psiquiátricos, no entanto, tem capacidade de entender o que é um crime e as consequências dele.
Ricardo Trad explica que os peritos deixaram de responder cerca de "12 ou 13" questionamentos da defesa, mesmo o Tribunal de Justiça tendo determinado que os peritos respondessem às questões, conforme o advogado.
Um dos questionamentos, diz o advogado, é se a medicação que Carlos Alberto ingeriu no dia anterior ao crime foi capaz de alterar o comportamento dele.
Diante da situação, Ricardo Trad já pediu nova perícia para que sejam respondidas as questões da defesa. "Eles foram negligentes", diz o advogado, sobre os peritos. Os médicos são do governo do Estado. O advogado fez o requerimento para nova perícia a próprio punho.
Aposentadoria - Perícia feita em Zeolla para o processo administrativo, em que o procurador-afastado pede aposentadoria, diz que ele é "portador de patologia mental grave". O pedido será julgado nesta quinta-feira.
O crime - O procurador-afastado está preso desde 3 de março deste ano, quando matou com um tiro o sobrinho.
Zeolla negou o crime inicialmente, mesmo com todas as evidências indicarem ele como assassino. O procurador-afastado só confessou o assassinato dois dias depois, perante o procurador-geral.
Após vários dias preso no Garras, o procurador-afastado foi para a Clínica Carandá, onde está, mas sem escolta policial.
Ele alegou que matou o sobrinho porque o rapaz havia agredido o avô (pai de Carlos Alberto), um dia antes. No entanto, testemunhas dizem que o idoso não foi agredido, apenas teve uma briga com o neto.