Major preso na operação Las Vegas já está na Capital
O major da reserva da PM (Polícia Militar), Sérgio Roberto de Carvalho, preso nesta quarta-feira em Corumbá, por explorar jogos de azar, chegou há pouco em Campo Grande.
O oficial apontado como chefe da quadrilha de caça-níqueis, estava em Campo Grande ontem, mas fretou um avião para viagem a Corumbá. Pela manhã, ele foi surpreendido pela Polícia Federal e trazido à Capital.
Por volta das 13 horas, chegou de chinelos de dedo e bermuda, em viaturas da PF (Polícia Federal) e foi levado diretamente para a Superintendência da PF.
Além dele, a operação Las Vegas prendeu hoje mais 18 pessoas. Entre elas o capitão da PM, Paulo Roberto Teixeira Xavier, o cabo da PM Marco Massaranduba e o empresário Andrey Galileu Cunha.
Carvalho e Cunha já tinham sido presos em 2007, pela PF, na operação Xeque-Mate, também por jogos de azar. No ano passado, Cunha foi preso duas vezes.
A ação fechou dois cassinos em Campo Grande que pertenciam a Carvalho: um chamado de Mansão ou Casarão, que ficava na Vila Planalto, e o Caju, localizado na rua Casemiro de Abreu, Jardim São Bento.
Foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, entre eles em um escritório de advocacia, em uma loja de materiais de construção e em outros 13 pontos comerciais (bares).
O major Carvalho deve seguir para o presídio Militar ainda nesta quarta-feira, onde já cumpriu pena por tráfico de drogas, de 1997 a 2005.
Em 96, operação da Polícia Federal descobriu 237,3 quilos de cocaína em um avião na Fazenda Nova Cordilheira, em Rio Verde, propriedade de Carvalho. Durante as investigações, foi apontada ligação, inclusive com o Cartel de Cali, na Colômbia. Em 2005 ele conseguiu liberdade condicional.
O MPE (Ministério Público Estadual) pediu em 04 de março a exclusão dele dos quadros da PM (Polícia Militar). Carvalho é policial da reserva, remunerado e, por este motivo, recebe salário e tem os mesmos benefícios de um major. Hoje o salário inicial de um major da PM é de R$ 10 mil.
