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Cidades

Manifestação contra Temer e preço dos combustíveis fecha a Afonso Pena

Centenas de pessoas integram ato que se estende pela principal avenida de Campo Grande

Humberto Marques e Kleber Clajus | 28/05/2018 18:49
Protesto se estendeu pela principal avenida de Campo Grande nesta noite. (Foto: Kleber Clajus)
Protesto se estendeu pela principal avenida de Campo Grande nesta noite. (Foto: Kleber Clajus)

Centenas de pessoas participaram no início da noite desta segunda-feira (28) de um protesto no Centro de Campo Grande em solidariedade à paralisação dos caminhoneiros e contra o alto preço dos combustíveis e do governo federal. O ato, que se estendeu por toda a avenida Afonso Pena, interrompeu o trânsito em boa parte da região central.

Duas viatura de trânsito escoltaram os manifestantes, que levavam bandeiras do Brasil e faixas contra o presidente Michel Temer. Motociclistas e caminhões –apenas com os “cavalos”– puxavam a fila de carros, alguns dos quais não participaram do ato e sim ficaram presos no trânsito.

Intervalos entre os manifestantes permitiram que o tráfego nas vias transversais à Afonso Pena fluísse em alguns momentos. Ainda assim, a reportagem flagrou ambulâncias buscando rotas alternativas para fugirem do protesto. Em linha reta, o manifesto em uma das pistas estendia-se da sede da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) até a praça Ary Coelho.

A confusão no trânsito foi insuficiente para arrefecer o apoio da população ao movimento: nos cruzamentos, vários motoristas que não integraram o ato buziavam e gritavam palavras de ordem em favor da causa.

Parte dos manifestantes havia participado, horas antes, de outro protesto –de menores proporções– pelo Centro.

Greve – A greve dos caminhoneiros, que chega ao seu oitavo dia e segue angariando apoio popular, foi deflagrada contra a política de preços da Petrobras, que permitiu reajustes constantes no preço dos combustíveis –inclusive do diesel, que desde julho de 2017 subiu mais de 55%. Tal fato levou caminhoneiros e empresários do transporte para as ruas, ganhando a simpatia da população.

Em virtude dos atos, que fecharam o acesso a refinarias e distribuidoras, houve desabastecimento de combustíveis em postos pelo país –em Campo Grande, a situação começou a se normalizar no sábado (26). Contudo, uma paralisação de 72 horas dos petroleiros a partir desta quarta-feira (30) ameaça a recomposição de estoques.

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