Ministério investiga se 3 pessoas contraíram febre amarela em MS
Pacientes são tratados em SP, segundo a Secretaria de Estado de Saúde; duas mortes de macacos também foram notificadas
Dos 145 casos de febre amarela em investigação no país, três são de pessoas que podem ter sido contaminadas em Mato Grosso do Sul. O dado consta no último boletim epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde no dia 14 de janeiro.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) esclarece que as notificações não foram feitas por Mato Grosso do Sul. Os pacientes com suspeita da doença são tratados em São Paulo e foi a secretaria de saúde do Estado vizinho que informou o ministério da apuração. Estas pessoas teriam passado pelo Estado recentemente.
A SES informou ainda, por meio da assessoria de imprensa, que sequer havia sido avisada das investigações e que pediu esclarecimento ao ministério.
Casos em animais – Conforme o boletim, duas mortes de macacos também são investigadas em Mato Grosso do Sul. A SES deixou claro que ainda não trata do caso registrado na fazenda na divisa entre Rio Brilhante e Maracaju, mas não deu mais detalhes por enquanto.
O corpo do animal achado neste fim de semana está sendo trazido para Campo Grande, de acordo com a assessoria da Prefeitura de Maracaju.
Sem pânico - Nenhum caso de febre amarela foi confirmado em Mato Grosso do Sul. Por isso, não há motivo para pânico segundo a SES.
No ano passado, seis macacos foram encontrados mortos no Estado, mas os resultados de exames foram negativos para a doença. Os primatas foram encontrados em Corumbá (2), Dourados (1), Ladário (1) e Campo Grande (2). Não é o animal que provoca a doença, mas o mosquito que transmite o vírus para os bichos e humanos. As mortes de macacos podem apenas funcionar como indicativo da circulação do agente causador.
O último caso de febre amarela em humanos registrado em Mato Grosso do Sul foi em 2015, de um viajante que contraiu a doença em outro Estado.
Ainda assim, a SES disponibilizou 80 mil doses da vacina contra febre amarela e orienta a todos e principalmente quem pretende viajar para estados com casos da doença, como por exemplo, São Paulo, que tomem a dose.